“Laparoscopia” nas condutas do Funchal

Ao ler o artigo do senhor Hélder Melim, publicado no DN na passada sexta-feira (06/11/2020), pensei logo que as intervenções de substituição das condutas de água do atual executivo da Câmara Municipal do Funchal devem ser por via “laparoscópica”, ou seja, substituem as condutas sem abrir a estrada. Digo isto porque as intervenções nem perto nem de longe atingiram os referidos 150 km de condutas substituídas nos últimos 6 anos, facto comprovado nos relatórios e contas da Câmara Municipal do Funchal.

Pelo contrário e pelo que tem sido tornado público, através dos meios de comunicação regionais, sobre a distribuição de água potável na Madeira, entre 2010 e 2013 o Município do Funchal com Miguel Albuquerque diminuiu as perdas de água em 3 milhões de metros cúbicos, enquanto que entre 2014 e 2019 as perdas de água aumentaram 5 milhões de metros cúbicos, atingindo máximos históricos.

Só posso julgar que o autor do artigo deverá pensar que uma mentira dita 100 vezes torna-se verdade. Mas se é mesmo verdade que há 150 km de condutas efetivamente substituídas, que tal o senhor Hélder, num próximo artigo, discriminá-las e explicar o contínuo e crescente aumento de perdas de água no Funchal?

Miguel Teixeira

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