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Secretário do Tesouro dos EUA nega tentar dificultar a ação de Biden

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O Secretário do Tesouro dos Estados Unidos, Steven Mnuchin, negou hoje que esteja a tentar limitar as escolhas que o Presidente eleito, Joe Biden, terá de fazer com vista à recuperação económica.

Está a ser posto um fim a vários programas de empréstimos de emergência, geridos pela Reserva Federal, mas Mnuchin argumenta que essa situação deriva de os programas não estarem a ser muito utilizados.

O governante disse hoje que o Congresso pode fazer melhor uso do dinheiro, realocando-o em outra direção, para apoiar pequenas empresas e na assistência alargada ao desemprego.

"Não estamos a tentar impedir nada", garantiu Mnuchin, numa entrevista à CNBC. "Não precisamos deste dinheiro para comprar obrigações de empresas. Precisamos deste dinheiro para ir ajudar os pequenos negócios que ainda estão fechados''.

Os críticos consideram ser política a decisão de acabar com os programas de estímulo económico, dizendo que a ação privaria a nova administração do apoio de que a Reserva Federal (Fed, na sigla em ingês) dos Estados Unidos da América poderia precisar para sustentar a economia, uma vez que as infeções pelo novo coronavírus se multiplicam por todo o país.

"Não pode haver dúvidas. A Administração Trump e os seus bajuladores no Congresso estão a tentar prejudicar ativamente a economia dos EUA", acusou hoje, em comunicado, o senador Sherrod Brown.

O senador frisou que os elementos da Administração Trump "durante meses, recusaram-se a tomar as medidas necessárias para apoiar os trabalhadores, as pequenas empresas e os restaurantes". "Como resultado, a única ferramenta à nossa disposição têm sido estas medidas de estímulo", acrescentou.

Mnuchin tinha escrito, na quinta-feira, ao presidente da Reserva Federal, Jerome Powell, anunciando a sua decisão de não prolongar alguns dos programas de empréstimos de emergência.

A decisão porá fim, a partir de 31 de dezembro, aos programas de crédito empresarial, empréstimos municipais e outros créditos da Fed.

A decisão foi alvo de uma rara reprimenda por parte da Fed, que sublinhou, numa breve declaração, que o Banco Central "preferia que o conjunto completo de facilidades de emergência implementadas durante a pandemia continuasse a servir o seu importante papel de apoio à economia, ainda em dificuldades e vulnerável".

A Câmara de Comércio dos Estados Unidos também criticou a mudança e economistas privados argumentaram que a decisão de Mnuchin de pôr fim a cinco das facilidades de empréstimo de emergência representa um risco económico.

Nos termos da lei, as facilidades de empréstimo exigiam o apoio do Departamento do Tesouro, que serve de apoio para as perdas iniciais em que os programas poderiam incorrer.

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