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Trump e Biden intensificam esforços em Estados-chave

Foto EPA
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Falta menos de uma semana para as eleições presidenciais nos Estados Unidos, agendadas para 3 de Novembro.

A uma semana das eleições presidenciais nos Estados Unidos, os candidatos Donald Trump (republicano) e Joe Biden (democrata) estão a intensificar estratégias no terreno e a concentrar esforços em Estados-chave para o escrutínio de 03 de novembro.

Numa altura em que cerca de 67 milhões dos mais de 230 milhões de eleitores norte-americanos já votaram (um terço por voto presencial antecipado e dois terços por voto por correspondência), um recorde histórico, o candidato presidencial democrata Joe Biden está a rumar a Estados que normalmente são tidos como certos para os republicanos.

É o caso da Geórgia, Estado do sul conservador que não apoia um candidato presidencial democrata desde 1992 e onde Biden concentrou ontem a agenda da campanha.

Ainda esta semana, Biden pretende viajar para o Iowa, Estado que Trump conquistou com 10 pontos percentuais nas presidenciais de 2016.

A sua companheira na corrida à Casa Branca, a senadora e candidata à vice-Presidência norte-americana Kamala Harris, está a concentrar os esforços da campanha democrata no Arizona e no Texas, onde os republicanos não perdem nenhum cargo desde 1994, naquela que é a mais longa série de vitórias políticas no país.

Este calendário agressivo em estados fortemente associados ao Grand Old Party (GOP), nome por que também é conhecido o Partido Republicano, está a ser encarado como um sinal de confiança por parte da campanha de Biden, que está a tentar ampliar o mapa eleitoral dos democratas e abrir mais caminhos para conseguir os 270 votos necessários no Colégio Eleitoral norte-americano.

O vencedor das presidenciais norte-americanas (que é escolhido por voto indireto) tem de assegurar, no mínimo, 270 dos 538 "grandes eleitores" (uma maioria simples) que compõem o Colégio Eleitoral.

Outro trunfo da campanha de Biden tem sido a entrada nesta reta final do ex-Presidente Barack Obama.

O ex-Presidente reiterou ontem que as eleições de 03 de novembro "são as mais importantes" na vida dos norte-americanos, apelando aos democratas para irem votar em massa, de forma a afastarem Donald Trump de um eventual segundo mandato presidencial.

"Este Presidente reclama todo o crédito por uma economia que herdou, e rejeita qualquer responsabilidade por uma pandemia que ignorou", reafirmou Obama em Orlando, na Florida, durante uma ação que decorreu novamente num parque de estacionamento, onde os participantes estavam nos respetivos veículos.

E voltou a lembrar a eleição de 2016 e as expectativas geradas pelas sondagens sobre a vitória da então candidata presidencial democrata Hillary Clinton.

"Na última vez, descansámos à sombra dos nossos louros. As pessoas foram um pouco preguiçosas, achavam que era um dado adquirido e vejam o que aconteceu", recordou Barack Obama.

Do lado da campanha de Donald Trump, o ritmo está a ser frenético e as ações multiplicam-se em vários estados num só dia, numa tentativa de contrariar as sondagens, que continuam a dar vantagem a Biden.

Só ontem, a agenda da campanha de Donald Trump passava pelas cidades de Washington e Las Vegas e pelos Estados do Michigan, Wisconsin e Nebraska, todos localizados na região conhecida como Midwest.

Um calendário que espelha um forte contra-ataque da campanha de Trump, concentrada em estados que eram tradicionalmente democratas, chamados como o 'blue wall'(parede azul), tendência essa que ele inverteu nas eleições de 2016.

Por exemplo, Trump viajou ontem para Lansing, capital do Michigan, e estará em West Salem, Wisconsin, apenas três dias depois de ter realizado um comício neste Estado.

A primeira-dama Melania Trump também faz hoje a sua primeira deslocação no âmbito da campanha eleitoral, com uma ação em outro Estado igualmente disputado, a Pensilvânia.

O Senado norte-americano confirmou na segunda-feira à noite a juíza Amy Coney Barrett para o Supremo Tribunal dos Estados Unidos da América (EUA), o que representou uma importante vitória política para o Presidente Donald Trump a poucos dias das eleições presidenciais.

A designação da juíza Barrett, de 48 anos, garante assim uma maioria conservadora de 6-3 no Supremo Tribunal, o que alguns analistas consideram poder ser importante a curto prazo, se os resultados eleitorais das presidenciais de 03 de novembro forem contestados pelos republicanos, como já foi admitido pelo Presidente Donald Trump.

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