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Facebook fecha páginas ligadas a ex-conselheiro de Trump

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AFP

A rede social Facebook anunciou na segunda-feira que durante o fim-de-semana fechou várias páginas ligadas a Steve Bannon, antigo conselheiro de Trump, por divulgar informações falsas sobre as eleições nos Estados Unidos.

"Removemos vários focos de atividade que usavam táticas de comportamento não autêntico para expandir artificialmente quantas pessoas veem o seu conteúdo", informou o porta-voz do Facebook, Andy Stone, em comunicado.

As páginas encerradas, com 2,45 milhões de seguidores, incluem os grupos "Conservative Values", "We Build the Wall Inc" ou "Trump at War", defendendo a tese do Presidente, Donald Trump, de que terá havido fraude nas eleições presidenciais de 03 de novembro, apesar de não terem sido apresentadas quaisquer provas nesse sentido.

Na quinta-feira, dois dias após as eleições, o Facebook já tinha encerrado o grupo "Stop the Theft" (Parem o roubo), composto por apoiantes de Trump, considerando a rede social que o grupo poderia estar a apelar à violência.

"Em consonância com as medidas excecionais que estamos a tomar durante este período de alta tensão, removemos o grupo 'Parem o Roubo', que estava a criar eventos no mundo real. O grupo estava a organizar a deslegitimação do processo eleitoral, e vimos apelos inquietantes à violência por parte de alguns dos seus membros", disse então a empresa sediada na Califórnia.

Uma das promotoras do grupo, a ativista conservadora Amy Kremer, denunciou a decisão do Facebook no Twitter, acusando a esquerda de estar "a tentar roubar as eleições com a cumplicidade das redes sociais".

Steve Bannon já tinha sido alvo de sanções nas redes sociais Twitter e YouTube, na sexta-feira, depois de ter feito apelos à morte de altos funcionários norte-americanos, incluindo Anthony Fauci.

A conta @WarRoomPandemic, em homenagem ao programa 'online' de Bannon, foi "permanentemente suspensa por violar as regras do Twitter, especialmente a política de glorificação de violência", relatou o Twitter em comunicado.

O YouTube retirou, pelas mesmas razões, o episódio do canal "Steve Bannon's War Room", que, no entanto, continua ativo e tem mais de 200.000 subscritores.

"Continuaremos vigilantes na implementação das nossas políticas no período pós-eleitoral", afirmou Alex Joseph, porta-voz do YouTube.

O canal não poderá publicar um novo vídeo por, pelo menos, uma semana, segundo a empresa.

Num episódio gravado na quinta-feira, Bannon atacou Fauci, diretor do Instituto de Doenças Infecciosas, responsável pela gestão da pandemia de covid-19, assim como o chefe do FBI, Christopher Wray, alegando querer colocar "as suas cabeças em estacas" e colocá-las de "cada lado da Casa Branca como um aviso aos burocratas federais".

Bannon, de 66 anos, foi um dos arquitetos da bem-sucedida campanha presidencial de Donald Trump em 2016, antes de ser dispensado pelo bilionário republicano.

Suspeito, juntamente com outras três pessoas, de desvio de fundos supostamente destinados à construção de um muro na fronteira entre os Estados Unidos e o México, Bannon foi acusado e detido no final de agosto e rejeita essas acusações.

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