Madeira

Cafôfo acusa Albuquerque de "desmantelar" SESARAM

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Paulo Cafôfo diz não estar surpreendido com o corte de verbas – 8,9 milhões de euros – que o Governo Regional efectuou ao Serviço Regional de Saúde (SESARAM) em 2019, e tão pouco ficará estupefacto se entretanto vir a público outra surpresa menos agradável em matéria de gestão de saúde, como listas de espera, porque o presidente do PS-M recorda que os socialistas sempre denunciaram, em particular em sede de Orçamento Regional, “o subfinanciamento crónico do sistema de saúde”.

O líder dos socialistas madeirenses também não fica admirado à “falta de transparência” porque lembra que foi o PS-M que criticou os “sinais evidentes do desinvestimento” do governo de Miguel Albuquerque neste sector, de resto um modelo governativo que considera “completamente ao oposto” ao que preconiza justamente por que as “prioridades estão invertidas”.

“Não se pode estar a desmantelar o SESARAM para estar a criar um negócio de privado, porque o mesmo deve ser um complemento ao sistema regional de saúde, e nunca ao contrário, mas infelizmente parece que esse é o objectivo deste Governo Regional”, criticou o líder socialista numa reacção à notícia que faz manchete na edição impressa do DIÁRIO.

A informação da redução de verbas do Executivo consta de um relatório do SESESAM em que refere que as transferências ficaram “muito aquém” ao verificado em 2018. “Em 2019 o montante inicial outorgado para o contrato programa de produção ascendia a 210.412.000 euros tendo sofrido alterações no decorrer do ano económico o que culminou num aumento líquido de 4.431.238 euros. No entanto este valor ficou muito aquém do valor contratualizado no ano anterior (223.457.774. euros). Ou seja, de 2018 para 2019 houve uma redução real no financiamento de 8,9 milhões de euros.

“Temos de deixar de estar sempre a culpar os outros pela nossa inacção. O que se trata aqui é da existência de um subfinanciamento crónico do Governo Regional. Repare os milhões e milhões que vão para as obras, não sou contra as obras, mas é preciso um equilíbrio no sistema de saúde e educativo”. Paulo Cafôfo, presidente do PS-M

A esta realidade junta-se o aumento da despesa com gastos e perdas, o que ascendeu a mais 8,59% de que em 2018, situando-se nos 256.950.828 euros.

E não vale a pena apontar uma dívida de 20 milhões do Estado ao Governo Regional que tem suportado os custos dos subsistemas de saúde das forças militares e de segurança que operam na região, adiantando as comparticipações à segurança social e às farmácias: “Temos de deixar de estar sempre a culpar os outros pela nossa inacção. O que se trata aqui é da existência de um subfinanciamento crónico do Governo Regional. Repare os milhões e milhões que vão para as obras, não sou contra as obras, mas é preciso um equilíbrio no sistema de saúde e educativo”, observou em jeito de remate final.

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