Chega pretende rever 'Lei da Droga' com reforço do papel das forças de segurança
O grupo parlamentar do Chega na Assembleia da República pretende a revisão da actual Lei da Droga e, por isso, deu entrada a um projecto de lei que revê a legislação implementada em 2023. O partido quer devolver às forças de segurança e ao sistema judicial os instrumentos legais que diz serem essenciais no combate ao tráfico e à toxicodependência.
Entre as alterações que o Chega pretende implementar está o restabelecer limites de referência à “dose média para 10 dias”, distinguindo entre consumo próprio e tráfico dissimulado. Além disso, proíbe o consumo de drogas em espaços públicos, com apreensão imediata das substâncias, e impõe novas e mais específicas restrições à instalação de salas de consumo assistido, interditando a sua proximidade a escolas, creches e outros espaços frequentados por menores.
Para o Chega, esta proposta visa reforçar a capacidade intervenção das forças de segurança, "combate a ideia de ‘normalização social’ do consumo de drogas, protege as comunidades mais vulneráveis, em particular os jovens, e aproxima Portugal das orientações europeias, que alertam para os riscos da criminalidade organizada e para os elevados custos sociais e de saúde pública associados à toxicodependência".
Francisco Gomes, eleito pelo círculo da Madeira para a Assembleia da República, destacou a relevância de reforçar os poderes de actuação das forças de segurança, um aspecto que o parlamentar entende ser fundamental para vencer o que diz ser “o drama das drogas”.
“As forças policiais não podem continuar de mãos atadas perante situações evidentes de tráfico encapotado. Este diploma devolve-lhes os instrumentos indispensáveis para actuar em defesa da sociedade e garantir que a lei não é apenas simbólica, mas efectiva", indica o deputado. Aliás, aponta que esta proposta vai ainda permitir o reforço da capacidade de resposta da Região às drogas sintéticas.
“Temos de vencer a guerra contra as drogas sintéticas. É tempo de pôr fim à bandalheira legislativa que permite a sua proliferação e destrói vidas e famílias. O país merece políticas firmes que protejam os cidadãos, acabem com os bandidos e reforcem a autoridade do Estado. Sem esse reforço de autoridade, não vamos a lado nenhum", termina.