RIR exige estratégia permanente para requalificação dos bairros sociais do Funchal
Partido critica gestão municipal e propõe recuperação em vez de demolição do Bloco II do Canto do Muro
O RIR veio hoje a público criticar a gestão dos bairros sociais do Funchal e exigiu uma estratégia séria e permanente de requalificação destes espaços habitacionais. Segundo Liana Reis, coordenadora regional do RIR, "sucessivas vereações da Câmara Municipal do Funchal votaram estes espaços ao abandono, ofendendo a dignidade das famílias que neles residem".
A dirigente política e candidata às Autárquicas no Funchal apontou o Bairro de Santa Maria como "exemplo gritante do falhanço da gestão municipal", caracterizado por "casas degradadas, imóveis fechados durante anos, espaços comuns em ruína, ausência de higiene e pragas".
Um dos casos mais controversos levantados pelo RIR é o do Bloco II do Canto do Muro, que a actual Câmara Municipal pretende demolir. "Peritos e técnicos já provaram que a recuperação é possível e mais viável do que a demolição", afirmou Liana Reis, defendendo que "a cidade não precisa de mais betão, mas sim de uma gestão responsável dos recursos habitacionais que já existem".
A candidata sublinhou que a posição do partido é clara: "Recuperar em vez de demolir".
O RIR apresenta um conjunto de seis medidas para resolver os problemas identificados nos bairros sociais do concelho. A implementação de um plano de manutenção regular para todos os bairros sociais, com inspecções técnicas anualizadas, surge como primeira prioridade. O partido propõe ainda a recuperação urgente do Bairro de Santa Maria e do Bloco II do Canto do Muro.
Entre as restantes propostas constam o envolvimento dos moradores na preservação dos espaços comuns através de hortas comunitárias e jardins interiores, a atribuição transparente de casas devolutas após reabilitação, e a canalização de parte da taxa turística e fundos comunitários para programas de habitação.
"O RIR reafirma a sua visão: não queremos mais betão no Funchal", declarou Liana Reis, defendendo que "o que a cidade precisa é de uma gestão séria, rigorosa e transparente, que respeite os cidadãos e preserve os recursos existentes".
A cabeça-de-lista concluiu que "o futuro do Funchal passa pela recuperação dos seus bairros sociais e pela manutenção regular de edifícios e espaços comuns", sendo esta a única forma de "garantir habitação digna e qualidade de vida para todos".