Treze obras de arte de Henri Matisse e Candido Portinari roubadas de biblioteca em São Paulo
Oito gravuras do pintor francês Henri Matisse e cinco do brasileiro Candido Portinari foram roubadas de uma biblioteca em São Paulo, onde integravam uma exposição, anunciou a Câmara Municipal daquela cidade brasileira.
De acordo com meios de comunicação social brasileiros, as obras, que integravam uma exposição, foram levadas da Biblioteca Municipal Mário de Andrade, no centro de São Paulo, por dois homens armados.
A Secretaria Municipal de Cultura e Economia Criativa assegura, num comunicado citado por vários meios, que "o local dispõe de equipa de vigilância e sistema de câmaras de segurança", estando "todo o material que possa servir à investigação" a ser passado às autoridades policiais.
As autoridades não divulgaram detalhes sobre as obras de Matisse (1869-1954) e Portinari (1903-1962) que foram roubadas.
As gravuras de Henri Matisse e Candido Portinari integravam a exposição "Do livro ao museu: MAM [Museu de Arte Moderna] São Paulo e a Biblioteca Mário de Andrade", inaugurada em 04 de outubro e que estava patente até hoje.
De acordo com informação disponível no site do MAM de São Paulo, a mostra integrava maioritariamente obras das décadas de 1949 e 1950, "período de sedimentação da arte moderna e de espaços a esta dedicados", além de "uma seleção criteriosa de livros adquiridos a fim de representar a produção moderna na coleção da Biblioteca Mário de Andrade nesse período".
A exposição incluía "obras raras e importantes, como 'Jazz', de Henri Matisse, ou 'Cirque', de Fernand Léger, exemplares de grande relevância que colocaram artistas e investigadores brasileiros em contacto com a produção modernista europeia".
"Jazz" é apresentada no catálogo da exposição como "uma obra expoente" da produção artística tardia do artista francês.
"Matisse iniciou o livro em 1943, quando já tinha a mobilidade reduzida após procedimentos médicos, o que o levou a 'pintar com a tesoura'", lê-se no catálogo, disponível online.
De Candido Portinari, integravam a exposição ilustrações criadas para uma edição de luxo de "Memórias póstumas de Brás Cubas", de Machado de Assis, e para uma edição especial de "Menino de engenho", de José Lins do Rego.