A "estranha" arte de Bri
Na rubrica 'Final Feliz', desta sexta-feira, damos-lhe a conhecer a história de uma artista italiana singular, que abraçou a Madeira com todas as suas cores
Francesca Brigandi – mais conhecida por Bri – é uma artista peculiar, que pertence a um pequeno grupo de pessoas com sinestesia, uma condição neurológica, que provoca uma mistura involuntária dos sentidos e a faz ‘ouvir’ as cores.
A sinestesia é uma condição neurológica. Transformo os sons em cores. Tenho de estar focada, entrar um pouquinho na minha percepção, mas é como se o mundo tivesse uma banda sonora própria para mim, que corresponde a cores Bri
A descoberta desta condição impactou a sua forma de fazer arte. A italiana, de 35 anos, descreve um processo criativo profundamente ligado à sua experiência de sinestesia. “A minha área é performance. Eu sou uma cantora e uma pintora, mas aquilo que eu vou pintar é aquilo que vejo no meu cérebro”, explica.
No palco, Bri cria um ambiente imersivo onde a música, a pintura e a performance coexistem. As suas telas estão equipadas com sensores que transformam o gesto do pincel em som, através de um software que liga o movimento às respostas sonoras.
Deixamos-lhe um excerto para que veja com os próprios olhos:
Depois de vários anos a trabalhar em galerias e espaços artísticos em Londres e Roma – com exibições que vão desde o Tate Modern à Bienal de Veneza – Bri resolveu mudar-se para a Madeira, após a pandemia.
Na ilha onde se sente "em casa" resolveu criar o projecto ‘Art Hop Madeira’ (que pode ficar a conhecer através da página arthopmadeira.com).
É esta a história que lhe damos a conhecer na edição impressa de 26 de Outubro do DIÁRIO.