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Madeira

BE "repudia" declarações de José Luís Nunes e "defende escola pública"

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O BE-Madeira emitiu um comunicado a repudiar as recentes declarações do presidente da Assembleia Municipal do Funchal. O partido acusa o presidente, que é empresário ligado ao ensino, de ter atacado "de forma gratuita" a classe profissional dos professores. Em causa, as declarações proferidas ao DIÁRIO que estiveram na base da manchete da edição impressa do DIÁRIO de segunda-feira.

Privados indignados com fuga de professores

Confira os destaques da primeira página do DIÁRIO de hoje

Ora, o BE-M critica o que designa como "empreendedorismo travestido de subsidio-dependência liberal", que "lucra à custa do Estado, ou seja dos impostos que todos pagamos", ao mesmo tempo que exige ser "salvo pelo Estado, mas que quer menos Estado". Para o BE-M, o presidente demonstrou "claramente não estar à altura do cargo de serviço público que ocupa" e levanta dúvidas sobre o seu "real interesse em 'servir' a cidade do Funchal".

A nota do partido de esquerda sublinha a importância da escola pública, que considera ser a "pedra basilar da nossa democracia e do desenvolvimento da nossa Região". O BE lamenta o que considera ser um favorecimento do ensino privado por parte do Governo Regional (PSD-CDS), mencionando os "38 milhões de euros que o Governo PSD-CDS retiraram à escola pública, só em 2025, para injecctar nas escolas privadas".

Também denuncia a "discriminação existente na disparidade salarial entre os docentes da escola pública e os do privado, que têm as mesmas obrigações e ensinam sob o mesmo currículo".

As críticas do partido estendem-se à alegada intenção de que a escola pública "deixe de contratar docentes" para "facilitar o negócio" das escolas privadas, obedecendo à "lei do mercado que tanto idolatram".

O BE-M exige que todos os professores sejam respeitados, "sejam do público, sejam do privado", e acusa o empresário-presidente de "destratá-los de igual modo".

Concluindo, o BE-M reitera que "a Educação não é um negócio e deve ser gratuita em todos os níveis de ensino, da creche à universidade", cabendo ao Estado "assegurar este direito fundamental e promover a escola pública, que é sinónimo de qualidade, igualdade de oportunidades e inclusão".