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Comunidades Madeira

Santo venezuelano com devoção madeirense será canonizado pelo Papa Leão XIV

No próximo domingo, José Gregorio Hernández Cisneros irá tornar-se no primeiro santo venezuelano

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Conhecido como o "médico dos pobres", José Gregorio Hernández será canonizado no próximo domingo pelo Papa Leão XIV, tornando-se no primeiro santo venezuelano. A sua vida de fé e serviço deixaram marcas profundas não só na Venezuela, mas também na Ilha da Madeira, onde a devoção ao novo santo é vivida com particular fervor.

"Todos os madeirenses, a nossa comunidade madeirense da Venezuela, quando chega à Ilha da Madeira e a Portugal, trazem esta grande devoção ao Dr. José Gregorio Hernández", afirmou o cónego Marcos Gonçalves, em declarações ao Programa ECCLESIA, transmitido ontem na RTP2.

Nascido a 26 de Outubro de 1854, na Venezuela, aquele que será o primeiro santo venezuelano é conhecido pela dedicação aos mais pobres e vai ser canonizado em conjunto com outros seis beatos, entre eles Carmen Elena Rendíles Martínez, fundadora da Congregação dos Servos de Jesus, também venezuelana.

"É uma grande alegria para o povo da Venezuela", assinalou o padre da Diocese do Funchal.

Sobre a chegada da devoção à Madeira, o cónego refere que os madeirenses integrados nas paróquias no país da América do Sul vão começar "a conhecer a fama de santidade deste médico" e muitos se vão dirigir ao cemitério onde está sepultado para "pedir uma graça" ou cura para males.

"Eu sou português, nascido na Venezuela, e, digamos, o meu pai era muito devoto do Dr. José Gregorio Hernández, até quando eu nasci, com oito meses, com problemas respiratórios, o meu pai foi até à campa do cemitério onde estava o Dr. José Gregorio, a pedir-lhe a graça de que eu ficasse bem", contou.

A devoção a José Gregorio Hernández iniciou-se na ilha da Madeira através da circulação destas descrições, tendo a catedral do Funchal recebido uma relíquia do beato.

"São muitas as pessoas que visitam a nossa Sé para venerar esta relíquia e pedir-lhe graças", testemunhou. O sacerdote indicou que há histórias de "muitas pessoas" que não conheciam o beato, nomeadamente portugueses, e que acabam por vê-lo de "uma forma extraordinária".