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Eleições Autárquicas Madeira

“Foi uma derrota pesada demais para ser verdade”, confessa Dinarte Nunes

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A candidatura da coligação PSD/CDS à Câmara Municipal do Porto Moniz, liderada por Dinarte Nunes, expressou forte desilusão com o desfecho eleitoral.

“Estou com uma profunda desilusão”, afirmou Dinarte Nunes em declarações à comunicação social, após o sufrágio: “Sinceramente, não estava nada à espera desta derrota. Até pensei que ia ganhar e ia ganhar bem, porque era isso que nós sentíamos por parte da população. Nunca me passou pela cabeça de perder, muito menos com o resultado pesado que tivemos.”

A coligação conquistou dois mandatos, mantendo a liderança da Junta de Freguesia do Seixal, mas ainda assim Dinarte Nunes manifestou ceticismo quanto à possibilidade de exercer uma oposição eficaz. “Sinceramente, em termos práticos, o nosso trabalho na oposição será zero”, atentou, justificando que por “melhores propostas que apresente na Câmara Municipal, todas serão chumbadas”, perspectivando um cenário de bloqueio político.

Sobre o ambiente da campanha eleitoral, Dinarte Nunes reagiu às acusações socialistas de que esta teria sido marcada por ataques pessoais, devolvendo as críticas ao PS. “Devem estar a brincar completamente porque quem esteve aqui no terreno viu que isso é verdade, mas ao contrário, foi da parte deles para nós. Até utilizaram a página oficial da Câmara para denegrir a minha imagem”, acusou, classificando a campanha como “muito suja”.

O candidato da coligação PSD/CDS lamentou ainda aquilo que considerou uma desigualdade de meios entre as candidaturas. “Não foi uma luta igualitária. Eles têm à sua disposição meios que nós não temos. Têm milhões e milhões de euros que puseram ao serviço da população”, criticou, reconhecendo, contudo, que a derrota não se deveu a isso: “Também não me quero desculpar por aí... a derrota foi má demais para ser verdade.”

Dinarte Nunes lançou ainda ao debate a existência de eleitores ‘deslocados’, questionando a legitimidade da situação. “Vi muitas pessoas a votar que eu não conhecia e eu conheço quase toda a população do Porto Moniz. Pessoas de fora, de Machico, do Funchal, de Câmara de Lobos, ou até emigrantes que já nem vêm cá no Natal, vieram hoje votar”, declarou, defendendo que “deviam ser as pessoas que vivem no Porto Moniz a decidir o seu futuro”.

O social-democrata assegura que continuará politicamente activo no concelho. “Não vou abandonar o Porto Moniz. Vou continuar, vou estar na oposição”, garantiu, confessando que “esse é um trabalho que custa muito”.