Chega Madeira aponta "empobrecimento crónico das famílias e das novas gerações"
Magna Costa, deputada do Chega Madeira, numa reflexão sobre o Dia do Trabalhador, assinalado esta quarta-feira, acredita que o "grande desafio dos madeirenses é a capacidade de resiliência para conseguir sobreviver com um salário mínimo, dado o elevado custo de vida".
A deputada refere que a actual conjuntura tem gerado um "cenário de instabilidade social e exige a todos os partidos políticos uma análise aprofundada, acompanhada de medidas e propostas legislativas, no âmbito das políticas públicas mais eficazes para promover o bem-estar da população", refere uma nota enviada pelo partido.
"Assiste-se, diariamente, na Região, ao empobrecimento crónico das famílias e das novas gerações, à falta de perspectivas e à precariedade laboral. Estes são resultados diretos de quatro décadas de governação PSD e da sua posterior coligação com o CDS e o PAN", disse Magna Costa.
No comunicado a deputada lembra, ainda, que "as promessas da melhoria das condições de vida da população que vêm sendo apregoadas ao longo dos últimos anos pelo Governo Regional contrastam com o despesismo da verba orçamental em subvenções vitalícias dos ex-deputados políticos e investimentos sem qualquer análise prévia de custo-benefício, como foi o exemplo do investimento no Teleférico do Curral das Freiras", acrescentando que esses investimentos são "desastrosos, especialmente quando grande parte dos trabalhadores madeirenses vive com dificuldades e muitos idosos vivem sem dignidade humana".
Destaca ainda disparidade salarial: "A disparidade salarial na Madeira é evidente, com alguns setores recebendo salários muito acima da média, enquanto outros recebem salários mínimos ou pouco acima do mínimo. Essa desigualdade aumenta a injustiça social e compromete a coesão social na Região".
No que concerne às greves, Magna Costa aponta que as mesmas evidenciam a "insatisfação" dos trabalhadores com condições laborais e salariais precárias na Região. "Os elevados custos de habitação, alimentação e serviços básicos na Madeira oneram significativamente o orçamento familiar, limitando o acesso a bens e serviços essenciais e impactando negativamente a qualidade de vida da população", deu conta.
Não esquecendo o sector social, a deputada, Magna Costa, lembra que existe sobreposição de ajudas a umas famílias, enquanto outras acabam por ficar de fora e destaca a importância de uma política estratégica regional mais alargada e multidisciplinar para o cruzamento de dados e de uma resposta mais eficiente.