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Zelensky visita novas fortificações em Chernobyl

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O Presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, inspecionou hoje a construção de novas fortificações contra o exército russo na região fronteiriça de Chernobyl, no norte do país.

"Obrigado a todos os envolvidos na construção de fortificações na região. A região de Chernobyl está a progredir de acordo com o plano", disse Zelensky numa mensagem publicada na plataforma Telegram.

Zelensky disse ter-se reunido com as autoridades militares da região, que enfrenta, segundo descreveu, os mesmos problemas que outras zonas fronteiriças: "Assédio russo constante, bombardeamentos, terror".

"No ano passado, os terroristas [russos] lançaram 15.000 obuses contra os 15.000 habitantes dos municípios fronteiriços do província de Chernygov, que estão sob constantes ataques russos", afirmou Zelensky, acrescentando que Moscovo quer "destruir toda a vida" na região.

De acordo com um comunicado da presidência ucraniana, Zelensky inspecionou a construção de três linhas de defesa na região, que estão equipadas com estruturas de betão, trincheiras, brechas, 'bunkers', valas anti-tanque e vários tipos de barreiras.

Em 11 de março, Zelensky anunciou que a Ucrânia está a avançar com a construção de novas fortificações em três linhas separadas ao longo da linha de contacto de 2.000 quilómetros, que inclui zonas fronteiriças com a Federação Russa.

Na semana passada, visitou as novas fortificações em construção na região de Sumi, no nordeste do país.

Na altura, os meios de comunicação social ucranianos e os peritos descreveram a decisão das autoridades de reforçar as fortificações como tardia, uma vez que a Rússia tem vindo a reforçar as suas linhas defensivas há mais de um ano.

Também hoje, no sul do país, pelo menos três pessoas morreram e outras 13 ficaram feridas num ataque com mísseis russos em Zaporijia, segundo o chefe da administração militar regional, Ivan Fedorov.

Na rede social Telegram, Fedorov disse que quatro dos feridos estavam em estado grave, incluindo um rapaz de 9 anos e a mãe.

Um jornalista da agência noticiosa Ukrinform também ficou ferido durante o ataque.

Um edifício de três andares, um edifício industrial e um café foram danificados no ataque.

A Rússia invadiu a Ucrânia a 24 de fevereiro de 2022, com o argumento de proteger as minorias separatistas pró-russas no leste e "desnazificar" o país vizinho, independente desde 1991, após a desagregação da antiga União Soviética, e que tem vindo a afastar-se do espaço de influência de Moscovo e a aproximar-se da Europa e do Ocidente.

A guerra na Ucrânia já provocou dezenas de milhares de mortos de ambos os lados, e os dois beligerantes mantêm-se irredutíveis nas suas posições territoriais e sem abertura para cedências negociais.

Os últimos meses foram marcados por ataques aéreos em grande escala da Rússia contra cidades e infraestruturas ucranianas, ao passo que as forças de Kiev têm visado alvos em território russo próximos da fronteira e na península da Crimeia, ilegalmente anexada em 2014.

Já no terceiro ano de guerra, as Forças Armadas ucranianas têm-se confrontado com falta de armamento e munições, apesar das reiteradas promessas de ajuda dos aliados ocidentais.