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EUA instam israelitas a responsabilizarem os culpados por ataque a ONG

Foto Daniel ROLAND / AFP
Foto Daniel ROLAND / AFP

O secretário da Defesa dos Estados Unidos pediu ao seu homólogo israelita que a investigação ao ataque a uma ONG em Gaza seja rápida e transparente e os culpados responsabilizados, durante uma conversa telefónica na quarta-feira à noite.

Lloyd Austin disse ao ministro da Defesa de Israel, Yoav Gallant, que depois desse último incidente os israelitas devem tomar "medidas imediatas" para "proteger os civis e os trabalhadores humanitários" e não repetir as "falhas de coordenação" na entrega de ajuda humanitária.

O ataque israelita, que aconteceu na noite de segunda-feira para terça-feira, contra o comboio humanitário da organização World Central Kitchen (WCK) - fundada pelo 'chef' espanhol José Andrés - chocou a comunidade internacional após a morte de sete trabalhadores humanitários.

O secretário de Defesa dos EUA disse a Gallant que este último ataque lembra, mais uma vez, a importância de garantir a retirada dos civis palestinianos em Rafah, se Israel finalmente decidir lançar uma operação militar contra esta cidade.

O exército israelita publicou o seu primeiro relatório preliminar sobre o ataque na quarta-feira, no qual concluiu que o bombardeamento não tinha "pretensão de prejudicar os trabalhadores humanitários" e aconteceu devido a uma "identificação incorreta".

Os militares israelitas insistiram que uma "entidade independente investigará exaustivamente o incidente" e conclusões mais precisas serão apresentadas nos próximos dias.

Neste sentido, Gallant prometeu ao Pentágono o seu compromisso de continuar a trabalhar com países e organizações para "facilitar" a distribuição de ajuda humanitária.

"Estamos a estudar uma série de medidas para expandir o fluxo e distribuição de ajuda em Gaza", acrescentou Gallant.

Israel vem alertando há meses que entrará na cidade de Rafah, onde mais de um milhão de habitantes de Gaza vivem amontoados, porque ainda existem quatro batalhões do grupo islamita Hamas naquela área.

Gallant expressou ainda a sua gratidão a Austin e à Administração dos Estados Unidos pelo forte apoio e pela parceria.

Israel está em guerra contra o Hamas na Faixa de Gaza desde 07 de outubro, quando o movimento islamita atacou o sul de Israel, provocando a morte de cerca de 1.200 pessoas e fazendo 240 reféns que levados para o enclave palestiniano.