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Regionais 2024 Madeira

JPP recomenda à secretária do Ambiente aprofundar conhecimentos sobre a tutela

Rafael Nunes afirma que governante caiu "de paraquedas” na tutela do Ambiente

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Em causa está a justificação dada para a intervenção na Estrada das Ginjas

O vice-presidente do grupo parlamentar do JPP na Assembleia Legislativa da Madeira, Rafael Nunes, recomenda à secretária regional de Agricultura e Ambiente, Rafaela Fernandes, a aprofundar os seus conhecimentos técnico-científicos sobre a tutela. 

Em causa está a justificação dada pela governante para a intervenção na Estrada das Ginjas, que afirmou que o Instituto das Florestas e Conservação da Natureza está a limpar oito mil metros de extensão, de modo a garantir a acessibilidade para prevenção dos incêndios florestais e o controlo da propagação de espécies invasoras no seio da floresta Laurissilva. Uma medida, disse, inserida na Estratégia de Defesa da Floresta Contra Incêndios e no Plano de Ação de Defesa da Floresta Contra Incêndios. 

Rafael Nunes recorreu à rede social Facebook para lanaçr uma série de críticas à conduta da secretária regional, começando por afirmar que Rafaela Fernandes caiu "de paraquedas” na tutela do Ambiente, "depois de passagens conturbadas na Saúde".

O deputado do JPP afirma que a secretária regional quer "opinar sobre algo que, aparentemente, desconhece o passado e, notoriamente, o seu impacto no futuro".

Rafael Nunes denuncia "os devaneios de uma governação que optou por um notório alargamento de via (apesar de este estar atualmente 'travado' pelo Tribunal) e por uma desmatação de plantas sem discriminação entre invasoras e reflorestações nativas, usando um falso argumento de combate aos incêndios, quando na verdade, este tipo de alargamento, que DESTRUIU, ARRANCOU E DESPEDAÇOU plantas INDÍGENAS (algumas ENDÉMICAS), só vem aumentar o risco de incêndio na área".

Quem o disse não foram os “serviços do Facebook” que tanto irritaram a Sra. Secretária do Ambiente, foi a UNESCO, no seu relatório desenvolvido pela UICN (União Internacional para a Conservação da Natureza), a maior, a mais antiga e a mais conceituada organização ambiental do mundo. Pelo que recomendamos à governante a devida consulta, o devido aprofundamento técnico-científico e eventual pesquisa para evitar novas gafes e eventuais disparates tecnicamente deploráveis… E antes que esta governante e os seus “especialistas da floresta” decidam arrancar toda a floresta Laurissilva para desta forma garantir que se acabam de vez com os incêndios florestais!!! Rafael Nunes