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Montenegro insiste que quer "executar programa" e não apenas "tomar posse" como PM

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Foto JOSÉ SENA GOULÃO

O primeiro-ministro, Luís Montenegro, insistiu hoje que a não rejeição do programa do Governo significa que o parlamento dá ao executivo "possibilidade de iniciar funções para executar" este documento.

Pouco depois de, em declarações aos jornalistas no parlamento o secretário-geral do PS, Pedro Nuno Santos, ter desafiado o Governo a apresentar uma moção de confiança, o deputado do PS e antigo secretário de Estado Adjunto do primeiro-ministro António Mendonça Mendes acusou, no plenário, Luís Montenegro de andar à procura de desculpas para não governar.

"Parece que não quer ser primeiro-ministro, está a querer criar um clima para ir a eleições o mais rápido possível, ao dizer que as condições para executar o programa lhe devem ser conferidas pelo PS", criticou.

Na resposta, Montenegro ironizou que até tem sido acusado de falar muito pouco e repetiu a ideia que tem defendido desde a tomada de posse.

"Há um Governo que saiu das escolhas dos portugueses nas eleições e o parlamento deve decidir se rejeita ou não o programa. Não rejeitando significa, seja qual for o voto do PS, que confere ao Governo a possibilidade deste iniciar funções para executar o programa", disse, durante o debate do programa do XXIV Governo Constitucional.

E acrescentou: "Acha que eu queria apenas tomar posse para dizer que fui primeiro-ministro? Eu quis tomar posse para cumprir o programa de Governo, é assim tão difícil de perceber?", questionou.