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Madeira

‘Confiança’ lamenta “esquecimento do Lazareto” no ordenamento do território do Funchal

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"A 'Confiança' lamenta que, na reunião de câmara desta semana, em paralelo à abertura de procedimentos para a revisão do PDM do Funchal e para planos de pormenor para algumas zonas da cidade, não tenha sido aproveitado para delinear uma estratégia de reabilitação para a zona do Lazareto", manifestaram hoje os vereadores da oposição em comunicado de imprensa.

A elementos da coligação recordaram que "já em 2022, a 'Confiança' apresentou uma proposta de classificação como conjunto de Interesse Municipal do núcleo urbano da Foz da Ribeira Gonçalo Ayres, do forte do Lazareto ou dos Louros e do Miradouro do Lazareto, a qual foi chumbada pelo PSD".

“Face a algumas notícias publicadas na passada semana, que indicavam o encerramento do acesso público ao Lazareto, acreditamos que esta seria uma oportunidade para o executivo concretizar uma estratégia de proteção patrimonial e identitária a este conjunto urbano único e finalmente compreender a importância da proposta que a 'Confiança anteriormente apresentou', refere a vereadora Cláudia Dias Ferreira citada na mesma nota.

"Considerando que a foz da Ribeira Gonçalo Ayres é atualmente desconhecida de muitos funchalenses, mas serviu, ao longo dos séculos, de local de desenvolvimento de várias actividades, detendo ainda um património arquitectónico e natural, associado à riqueza da sua história, este é um local único que deve ser preservado à voragem dos apetites imobiliários, salvaguardando o seu usufruto para os funchalenses do presente e do futuro. Privar os funchalenses a este local é indigno que não pode deixar de ser denunciado”, argumenta a vereadora.

No que concerne ao ordenamento do território, a abertura de procedimentos para a revisão do PDM do Funchal e para três planos de pormenor, Ornelas, Carmo e Encarnação, a coligação Confiança suportou a abertura destes procedimentos, "por entender que os instrumentos de gestão territorial em discussão necessitam de ser pontualmente revistos de forma a acompanhar o desenvolvimento urbano, social e ambiental da cidade".

A Confiança compromete-se a "acompanhar, de forma assertiva, os diversos planos por forma a garantir a salvaguarda dos interesses dos munícipes e da qualidade de vida de quem vive e trabalha no Funchal e não exclusivamente de propensões de particulares".