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Madeira

Paula Cabaço defende potencial da Macaronésia no mercado de cruzeiros

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A presidente da APRAM defendeu, ontem, que sejam encorajadas as escalas na região da Macaronésia, também por forma a esbater a sazonalidade no Porto do Funchal. Paula Cabaço encontra-se a participar na CLIA Cruise WeeK Innovation Expo, que decorre até hoje, em Génova. No painel em que participou esta quarta-feira, referiu que “temos de encorajar as companhias a efectuarem escalas no corredor atlântico, no Verão,” quando por exemplo, na Madeira, “temos o porto de cruzeiros disponível".

Além disso, fez questão de frisar a potencialidade da região da Macaronésia, a nível do turismo de cruzeiros, "ao oferecer roteiros de proximidade, seguros, com modernas infra-estruturas portuárias, associadas à prestação de serviços de qualidade, para além dos atributos únicos dos respetivos territórios". 

No que respeita à CAI, Cruise Atlantic Islands, uma marca e parceria criada, em 1994, entre a Madeira e Canárias tem agora, 30 anos depois, personalidade jurídica com a criação da Associação dos Portos das ilhas da Macaronésia, passando a incluir também Cabo-Verde e os Açores. "A associação surge precisamente da vontade que todos temos de estar mais próximos das companhias de cruzeiros através do desenvolvimento de um plano conjunto de promoção e comunicação", assume.

Para breve está a apresentação do site da CAI, que vai dar mais informação sobre estes portos, facilitando aquando da criação de itinerários. "A CAI oferece um produto/destino integrado, com múltiplas ofertas, de Cabo Verde aos Açores, passando pela Madeira e Canárias que se podem congregar num único itinerário", disse.

Na ocasião, referiu a importância que  o itinerário conjunto entre os portos da  Madeira e das Ilhas Canarias representa, que corresponde a 43% do volume total de escalas que visitam os portos da Região por ano. "Com efeito, os nossos principais clientes são as companhias que escolhem os portos de Canárias para fazer o seu turnaround e que normalmente, fazem escala no Porto Funchal numa base semanal  ou quinzenal" e adiantou que "seguem-se os navios do corredor atlântico que representam mais de 25% das escalas registadas no arquipélago da Madeira, com grande peso dos navios com origem no Reino Unido, (maioritariamente, companhias inglesas) que vêm do norte da Europa até Canárias ou até Cabo Verde, passando sempre pela Madeira no regresso aos portos de origem". Paula Cabaço disse que em terceiro lugar estão as escalas em transatlântico que representam 15% do volume de escalas.