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Ratos invadem esquadra de Nova Orleães e consomem marijuana apreendida

Foto Shutterstock
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A chefe da polícia de Nova Orleães revelou ontem que a marijuana apreendida em operações policiais está a ser consumida pelos ratos que infestam o edifício da esquadra nesta cidade americana.

"Os ratos que comem a nossa marijuana estão todos pedrados", afirmou a superintendente da polícia Anne Kirkpatrick perante os membros do Conselho Municipal de Nova Orleães, uma declaração que está a ser usada como arma de arremesso político entre democratas e republicanos.

Kirkpatrick descreveu ainda as infestações de vermes e a deterioração dos edifícios que abrigam a polícia de Nova Orleães desde 1968, dizendo que houve polícias que encontraram até fezes de ratos nas suas mesas.

O departamento de polícia não respondeu imediatamente a um pedido por e-mail para obter mais informações sobre como descobriram que a maconha foi comida por ratos ou se algum caso foi afetado.

As autoridades municipais estão a tomar medidas para mudar aquele departamento da polícia para um novo espaço. Essa tem sido uma prioridade da chefe da polícia desde que assumiu o cargo em outubro.

A chefe da polícia referiu ainda que os seus 910 agentes chegam ao trabalho e encontram o ar condicionado e os elevadores avariados, e considerou, perante os membros do conselho que as condições são "desmoralizantes" para o pessoal e um desincentivo para potenciais recrutas que ali se deslocam para entrevistas.

"A imundície é fora de série", disse Kirkpatrick, acrescentando que a culpa não é do pessoal de limpeza do departamento, que "merecem um prémio por tentarem limpar o que está sujo".

O conselho municipal está a ponderar uma proposta para gastar 7,6 milhões de dólares num contrato de arrendamento por 10 anos para mudar temporariamente a sede da polícia para dois andares num edifício alto, no centro da cidade.

O Comité de Justiça Criminal do Conselho concordou, na segunda-feira, em apresentar a proposta de arrendamento a toda a Câmara Municipal para votação, informou o The Times-Picayune/The New Orleans Advocate.

Kirkpatrick diz que o contrato de aluguer daria tempo ao departamento para planear uma nova sede permanente.