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Madeira

Almoço junta sargentos e lembra 31 de Janeiro

Efeméride deverá contar com centena e meia de sargentos das várias forças militares

Jorge Pedro, o comandante da Zona Militar da Madeira deverá estar presente. Ver Galeria
Jorge Pedro, o comandante da Zona Militar da Madeira deverá estar presente.

Realiza-se no dia 31 na Unidade de Apoio da Zona Militar da Madeira o almoço comemorativo do Dia Nacional do Sargento, efeméride que se estende à Região e que assinala os 133 anos da Revolta Republicana, ocorrida a 31 de Janeiro na cidade do Porto. Este almoço conta com a participação de sargentos do Exército, da Marinha, da Força Aérea e da Guarda Nacional Republicana.

A revolta de 1891 foi liderada em grande parte por sargentos, daí a celebração ainda hoje do Dia Nacional do Sargento em todo o país. Apesar de ter fracassado, foi na altura a grande manifestação nas ruas do descontentamento popular existente, tendo estado na raiz do movimento republicano que viria a impor-se a 5 de Outubro de 1910.

“É neste ambiente e sentimento de revolta popular que pela primeira vez é entoada a ‘A Portuguesa’”, lembra a página da Associação Nacional de Sargentos. Esta, “mediatamente proibida face à derrota, foi posteriormente adoptada como hino e símbolo nacional, e que hoje a entoamos com emoção”, destaca. A revolta histórica de 1891 deu origem ao nome de uma das principais ruas da cidade do Funchal, a '31 de Janeiro'.

“Este movimento popular, fez parte de um sentimento generalizado de indignação que se vivia em todo o país, por parte daqueles cidadãos que não aceitaram o 'ultimatum' imposto a Portugal pela coroa britânica, não aceitaram a degradação das condições de vida dos portugueses, não aceitaram o tratamento discriminatório que se vivia no meio militar da altura, não aceitaram a corrupção, a inoperância e a submissão dos governantes de então e muito menos aceitaram ver uma pátria velha de séculos ser colocada de joelhos perante as exigências de uma potência estrangeira que se dizia aliada mas que, na verdade, conduzia Portugal e os portugueses à miséria, à indigência e à perda da sua soberania”, lê-se na mesma página.

O almoço é organizado por um grupo de sargentos mais antigos, estando prevista a participação de cerca de 150 elementos, além de serem esperados também os comandantes das várias forças militares. O comandante da Zona Militar da Madeira, o major-general Jorge Pedro, também deverá marcar presença no evento.