DNOTICIAS.PT
Madeira

Há 18 anos assaltos e drogas na Zona Velha faziam parte do dia-a-dia daquela artéria da cidade

Consulte a edição de 15 de Janeiro de 2006

None

Em 2006 roubos e a droga na Zona Velha da cidade ‘coabitavam’ com os moradores do local, que viviam assustados com o flagelo.

Numa reportagem, o DIÁRIO relata o dia-a-dia dos moradores, assim como dos viciados na droga. “É no fundo da rua da Boa Viagem, entre as tascas e as sapatarias, que “estacionam” sobre os corrimões do passeio os tais “atletas” que habitualmente serpenteiam as labirínticas ruas da cidade envelhecida e golpeiam as vítimas ao soco e pontapé. E  ali montam a “tenda” para acertar as doses e os preços da droga”, lê-se.

Os indivíduos, que já estavam referenciados pelos crimes de tráfico e consumo de drogas, roubo e furto contra pessoas, em estabelecimentos comerciais e casas, por ofensas corporais graves (esfaqueamento ou espancamento) aguardavam julgamento, mesmo assim, não era impedimento para cometer os mesmos ilícitos.

Relativamente aos moradores, na altura, é relatado que existia uma “relação mista de respeito e misericórdia”. Uma moradora referiu que: “Dos que vêm roubar, nenhum é daqui da zona velha, é tudo de fora! Eles chegam aí cheios de fome! Aquilo que eles roubam não dá sequer para comprar a droga!”. Vêm da Camacha, do Monte e de Câmara de Lobos, mas “os maiores estão já quase todos presos”. Mas as penas são curtas e, de uma hora para a outra, tudo volta à estaca zero. Basta que saia um para que a febre volte”.

Uma outra residente explicava que não andava “em lugares muito escuros” para não se deparar com situações perigosas. “Eu vou sempre de olho à frente e pé atrás, à espera do que me possa surgir. E tem que ser assim sabe?”, disse ao jornalista.

“Quando eu me vejo no Funchal a partir das 6h00 da tarde, eu já não me sinto bem e quero mas é estar nas minhas palhinhas”, conclui.

Leia a reportagem da íntegra:

Continuando pela ‘viagem’ por esta edição, é dado conta que os estabelecimentos de prestação de serviços com contacto directo com o público teriam de possuir obrigatoriamente um livro de reclamações, sob pena de incorrerem no pagamento de multas que oscilavam entre os 250 e os 30 mil euros.

“Com a entrada em vigor do novo decreto-lei, todas as entidades, sobretudo as de prestação de serviços públicos essenciais, como, por exemplo, de fornecimento de água, gás ou electricidade, postos de abastecimento de combustíveis, lavandarias, cabeleireiros, estabelecimentos de venda e de reparação de automóveis, de manutenção física e parques de estacionamento, passam a estar obrigadas a possuir livro de reclamações”, relata a notícia.

Por fim, esta edição noticia que Portugal era dos países da União Europeia que menos protegia os animais. 

“Num ‘país que não protege os animais’, os relatos de abandono de burros, cavalos e até póneis - presos a um poste de electricidade, mortos à fome - são semanais. O cenário pode ser considerado horripilante. É, todavia, apenas uma ponta do véu”.

Leia a notícia: