O grupo fundamentalista armado Estado Islâmico (EI) reivindicou a responsabilidade por um segundo ataque em três dias em Cabul, que deixou pelo menos três mortos na terça-feira, no leste da capital do Afeganistão.

O porta-voz da polícia de Cabul, Khalid Zadran, disse na noite de terça-feira na rede social X (antigo Twitter) que três pessoas morreram e quatro ficaram feridas quando um dispositivo deixado junto de um miniautocarro explodiu.

Zadran disse hoje à agência de notícias France-Presse que um suspeito foi preso e já confessou a autoria do ataque.

O EI assumiu a responsabilidade pelo ataque na zona de Alokhail, na noite de terça-feira, na plataforma de mensagens Telegram, dizendo que causou cerca de 10 mortos e feridos.

O grupo militante sublinhou que "detonou um dispositivo em um veículo que transportava funcionários da prisão de Pul-e-Charki", uma das maiores prisões do Afeganistão, localizada em Cabul.

O grupo já tinha assumido a responsabilidade pela explosão que matou pelo menos cinco pessoas num autocarro no domingo em Dasht-e-Barchi, um distrito da capital que acolhe a maioria da comunidade xiita Hazara, que há séculos é alvo de discriminação no Afeganistão.

Em novembro, sete pessoas morreram numa explosão num autocarro em Dasht-e-Barchi, também reivindicada pelo EI.

O número de bombardeamentos e ataques suicidas no Afeganistão diminuiu significativamente desde que os talibãs recuperaram o poder em agosto de 2021.

No entanto, vários grupos armados continuam a ser uma ameaça.