Madeira

Cerca de 30 raparigas da Camacha fazem a Festa do Imaculado Coração de Maria

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A Festa do Imaculado Coração de Maria, na Camacha, conta este ano com a participação de cerca de 30 jovens.

Como manda a tradição, as raparigas de 20 anos vão transportar o andor da Nossa Senhora durante a procissão, em redor do Largo da Achada, nesta festa que se realiza sempre numa segunda-feira, este ano a 28 de Agosto, e que é uma celebração única da freguesia desde 1964.

O encontro promete levar muita gente à Camacha, depois do fim-de-semana da Festa do Senhor, e juntar várias gerações de mulheres que, entretanto, também já fizeram a festa.

Mas o que é afinal a festa das raparigas da Camacha?

Segundo o padre Óscar Andrade, a Festa do Imaculado Coração de Maria teve início há 59 anos, com o padre Manuel, e tem ganho notoriedade de ano para ano.

As raparigas de 20 anos juntam-se para organizar a festa e vão a cada sítio pedir donativos aos vizinhos para ajudar a pagar o fogo, a música e as flores para enfeitar o andor da Nossa Senhora que “fica sempre muito bonito”.

No dia, é celebrada uma missa em sua honra, e posteriormente sai da igreja a procissão onde as jovens levam o andor da Nossa Senhora pelo Largo da Achada. Depois, há sempre um convívio para “criar memórias”.

“As raparigas continuam a mostrar interesse porque a mãe fez a festa, a avó fez a festa e é sempre uma tradição bonita de se manter. É a festa delas, é um dia especial para elas. Além disso, muitas delas andaram juntas na escola e como já seguiram caminhos diferentes é também uma oportunidade para recordar os velhos tempos, ver as amigas de infância e conversar”, disse o padre da freguesia, lembrando que no ano passado houve um grupo de mulheres que se juntou numa missa para celebrar novamente a festa das raparigas, 50 anos depois.

O padre Óscar explicou ainda que antigamente havia um livro onde as raparigas colocavam a fotografia de grupo e uma mensagem de cada festa realizada, mas que se perdeu com o tempo. Entretanto, o padre Duarte Gomes, seu antecessor, criou novamente um livro e, há seis anos, que os grupos voltaram a colocar as fotografias desta festa e a deixar uma mensagem neste livro que está agora na paróquia.

O padre fala da importância de se manter a tradição porque “recordar é viver”.