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Galamba confirma pedido de demissão de administrador Aires Mateus mas nega pressões

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Foto Global Imagens

O ministro das Infraestruturas, João Galamba, confirmou que tomou conhecimento do pedido de demissão do presidente da Comissão de Vencimentos da TAP, Aires Mateus, hoje de madrugada, e negou qualquer pressão.

Questionado na comissão de inquérito à tutela política da TAP, João Galamba disse que foi recebido no ministério um email, pelas 03:00, a informar deste pedido de demissão, e comprometeu-se a analisar a situação e a tomar "as medidas necessárias para repor o quórum".

O ministro das Infraestruturas respondia ao deputado do PCP Bruno Dias sobre a notícia da revista Sábado segundo a qual o presidente da Comissão de Vencimentos da TAP, Tiago Aires Mateus, apresentou a sua demissão e que terá sido, alegadamente, pressionado pelo Ministério das Infraestruturas para alterar o parecer que fixa a remuneração de Luís Rodrigues.

"Nego categoricamente que tenha havido qualquer pressão do Ministério das Infraestruturas", respondeu.

O ministro das infraestruturas adiantou também que o vencimento acordado com o novo presidente do Conselho de Administração e da Comissão Executiva da TAP é igual ao da antecessora, mas sem direito a bónus, referindo que a Comissão de Vencimentos liderada por Tiago Aires Mateis tinha já fixado o salário da anterior CEO.

"Qualquer problema que poderá ter havido a seguir, tenho de me inteirar dos factos", sublinhou o ministro, que disse ter tido conhecimento da questão muito recentemente e que em nenhuma circunstância houve, "sob que forma seja, tentativas de pressão sobre o presidente da Comissão de Vencimentos".

A Sábado noticiou que o presidente da Comissão de Vencimentos da TAP, Tiago Aires Mateus, apresentou hoje sua demissão, alegadamente devido a discordâncias sobre o salário do novo presidente executivo da companhia aérea, Luís Rodrigues, que estará fixado em 420.000 euros brutos anuais, sem prémios.

O mesmo órgão de comunicação adiantou que Tiago Aires Mateus terá sido, alegadamente, pressionado pelo Ministério das Infraestruturas, para alterar o parecer que fixa a remuneração de Luís Rodrigues, depois de o novo presidente ter mostrado descontentamento com o vencimento inferior ao da antecessora, Christine Ourmières-Widener.