A Guerra Mundo

Alemanha e Portugal entregam tanques até ao final do mês

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Foto EPA

A Alemanha e Portugal vão entregar 21 tanques Leopard à Ucrânia antes do final de março, anunciou hoje em Estocolmo o ministro da Defesa alemão, Boris Pistorius.

"Posso informar que acabo de saber que os 18 Leopard 2A6 alemães e três portugueses serão transferidos antes do final do mês para a Ucrânia", disse Pistorius à margem da reunião informal dos ministros da Defesa da União Europeia (UE).

Os tanques serão entregues "juntamente com as suas tripulações, que foram treinadas, para que possam ser destacados para zonas de combate", acrescentou, citado pela agência espanhola EFE.

Pistorius confirmou a informação do envio dos tanques que já tinha sido dada à entrada para a reunião pela ministra da Defesa portuguesa, Helena Carreiras.

O ministro alemão disse também que a Alemanha é um dos países que mais estão a fazer para treinar as tropas ucranianas na utilização de armas modernas.

Referiu que 9.000 soldados ucranianos terão sido treinados antes do final do ano.

A Alemanha comprometeu-se a entregar cerca de 60 tanques modernos a Kiev como parte de uma coligação que inclui países como Portugal, Espanha, Noruega, Canadá e Polónia.

A Polónia foi a primeira nação do grupo a enviar tanques Leopard, com a entrega de quatro unidades em 24 de fevereiro, quando se assinalou o primeiro aniversário da guerra da Rússia contra a Ucrânia.

O Governo polaco anunciou que pretende enviar mais dez tanques ainda esta semana.

A entrega de armamento e o treino de militares têm sido uma das formas de apoio a Kiev pelos seus aliados ocidentais, além da imposição de sanções à Rússia.

Os ministros da Defesa da UE, o Alto Representante da União para os Negócios Estrangeiros e Política de Segurança, Josep Borrell, e o ministro da Defesa ucraniano, Oleksii Rezhnikov, estão hoje a discutir a forma de aumentar a produção de munições para abastecer Kiev.

O secretário-geral da NATO, Jens Stoltenberg, também participa hoje na reunião a decorrer na capital sueca.

A invasão russa da Ucrânia mergulhou a Europa naquela que é considerada a pior crise de segurança desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

Desconhece-se o número de baixas civis e militares, mas diversas fontes, incluindo a ONU, admitem que será elevado.