Madeira

Resiliência fez ressuscitar empresa que esteve na iminência de ir ‘por água abaixo’

Metalubrava foi criada para ‘salvar’ a Metalufunchal, unidade industrial fortemente afectada pelo ’20 de Fevereiro’

None
Foto OD

Constituída em Janeiro de 2011, a empresa Metalubrava, instalada junto à foz da ribeira da Tabua, foi ‘a tábua de salvação’ da arrasada Metalufunchal, e empresa ‘mãe’ criada em 1987.

A unidade industrial da Metalubrava, empresa que exerce a actividade na fabricação de estruturas de construções metálicas, recebeu hoje a visita do presidente do Governo Regional, Miguel Albuquerque.

Oportunidade para o empresário Lino Duarte Andrade, testemunhar as várias contrariedades que a ‘Metalu’ enfrentou, desde crises ao 20 de Fevereiro, e mais recentemente, a pandemia.

“Temos dado a volta sempre. Umas vezes mais fácil, outras vezes mais difícil, mas vamos tentando sempre aguentar com o esforço de todos”, incluindo os 22 trabalhadores, manifestou o administrador.

A unidade industrial que opera na área da “metalúrgica pesada” não se queixa de falta de trabalho. “Há bastante”, assegura, para rematar: “Nunca tivemos falta de trabalho”.

Lino Duarte Andrade esclareceu a razão de ter sido criada a Metalubrava um ano após a aluvião de 2010, que quase fez desaparecer a unidade industrial. Desde logo porque “com o 20 de Fevereiro, a empresa ficou abaixo de zero”. Dá conta que “a Metalufunchal não deixou de existir”. Tanto assim é que as instalações continuam a ser da Metalufunchal. A criação da Metalubrava foi a solução encontrava para fazer ‘ressuscitar’ a actividade enquanto não fosse resolvido “um problema” com a Metalufunchal, que só agora, em 2022, “foi resolvido” em tribunal. Passados 12 anos, agora que o problema está “praticamente resolvido”, admite que a ‘montra’ da empresa possa voltar a adoptar a designação de Metalufunchal.

Sem entrar em pormenores sobre o alegado problema que impedia retomar a actividade em nome da Metalufunchal, Lino Andrade não deixou de lamentar as muitas dificuldades que vieram agravar ainda mais a grave situação provocada pela aluvião de 2010.

“Fecharam-nos muitas portas. Não nos fecharam. Não deixaram foi avançar” emendou, tendo junto a si o presidente do Governo Regional e o secretário regional de Economia. Foi “o maior problema para pôr a empresa no lugar que estava”. “Houve alturas em que se batia num lado, batia-se no outro e não havia hipótese de resolver a situação”, disse.

Isto para justificar a criação da Metalubrava, para ser possível criar de novo “condições para ver se isto não ia tudo por água abaixo”, porque com “a Metalufunchal não se conseguia trabalhar enquanto isto (problema) não era resolvido”, concretizou.