Comunidades Madeira

Madeirenses no Conselho Consultivo de Londres

Zita da Silva, José Manuel Sousa e Paulo Gouveia integram este órgão de diplomacia

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Zita da Silva, presidente do Grupo de Folclore ‘Típico Português’, natural da Ribeira Brava, José Manuel Sousa, presidente do Centro Cultural e Desportivo de Londres, natural da Camacha e Paulo Gouveia, natural de Santana, são os três madeirenses que integram o novo Conselho Consultivo da área consular de Londres.

Este órgão foi constituído anteontem e reuniu-se para abordar assuntos de interesse comum para a comunidade portuguesa a residir em Londres e no qual participou o Cônsul-Geral de Portugal em Londres, Luís Silva que aproveitou para apresentar os resultados da actividade do Consulado em 2022 e as perspectivas para 2023.

Antes, o emigrante madeirense e dirigente do Centro Cultural, há 35 anos em Londres, notou uma maior eficiência dos actos consulares, situação que, no passado, mereceu reparos sobretudo por haver listas de espera no atendimento que ultrapassavam vários meses.

Também, Zita da Silva adiantou que este novo Conselho Consultivo “é muito importante para a comunidade e visa ser esclarecedor”, aplaudindo a abertura por parte do Cônsul-Geral “pela forma como abordou os problemas e o seu interesse pela comunidade, o que é sempre muito positivo porque acima de tudo está o bem-estar da comunidade”.

Outro madeirense que tem assento neste órgão consultivo é de Santana e acumula a posição com a de conselheiro das Comunidades Madeirenses: “Foi uma reunião muito produtiva”, concluiu Paulo Gouveia. O empresário do ramo da restauração é de opinião que este tipo de iniciativas tem de continuar e a presença de madeirenses é factor de reconhecimento pelo capital que tem a comunidade.

“Acho que esta primeira reunião foi importante e correu muito. Agora os elementos do Conselho têm de ajudar a passar a informação e envolver a comunidade, por isso tem tudo para dar certo”, frisou no final da sessão que durou cerca de três horas e decorreu na embaixada de Portugal em Londres.

De resto, tal como o DIÁRIO já havia avançando, em 2022, o Consulado Geral de Londres praticou cerca de 110 mil actos, destacando-se 42 mil cartões de cidadão e passaportes, 8 mil vistos, 7 mil actos de registo civil, 2 mil actos de notariado, bem como 33 mil entregas de documentos, e ainda várias outras acções nos domínios do apoio jurídico, social e de segurança social.

Consciente da elevada procura que existe para a emissão de cartões de cidadão e passaporte, o Consulado Geral de Londres tem vindo a disponibilizar um número crescente de vagas para aqueles actos, numa base quase diária de 200 ou mais, incluindo vagas específicas para titulares de chave móvel digital.

O diplomata explicou que em 2023, a perspectiva será manter o tempo de atendimento deste tipo de actos em 15 dias. O Consulado Geral de Londres continua também aberto aos sábados, das 8h30 às 13h30, para emissão de cartões de cidadão/passaportes, mediante agendamento prévio.

Os novos elementos do Conselho Consultivo foram informados que decorre também actualmente um concurso para recrutamento de cinco novos assistentes técnicos, que permitirão reforçar o número de vagas disponíveis, tendo o Consulado Geral de Londres intuito de atingir 60 mil cartões de cidadão/passaportes em 2023.

O Conselho Consultivo abordou ainda as formas de colaboração mais próxima entre o Consulado/Embaixada e a Comunidade, nomeadamente em áreas como a difusão da chave móvel digital, a mobilização cívica da comunidade Portuguesa no Reino Unido para as eleições locais britânicas, o reforço do apoio associativo, do ensino do português e das presenças consulares, entre outros temas. Fornecer mais e melhor informação também foi considerado essencial.