Madeira

Albuquerque quer drones com capacidade de avaliar acidentes nos trilhos pedestres

Madeira tem o primeiro Veículo de Operação Remota (ROV) para operar em acidentes com fogo em túneis

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Foto OD

O novo Veículo de Operação Remota (ROV) não tripulado dos Bombeiros Voluntários Madeirenses, especialmente concebido para operar em incêndios em túneis e espaços cobertos de estacionamento, é o primeiro do género a operar em Portugal. A garantia é do presidente do Governo Regional, que esta tarde visitou, demoradamente, a exposição de meios alusivos às missões da Protecção Civil na Região, patente entre a Praça do Povo e o Cais 8.

Depois de mais de hora e meia a visitar os inúmeros meios alusivos às missões de Protecção Civil afectos a todas as forças integrantes, nomeadamente, Corpos de Bombeiros da RAM, Forças de Segurança, Forças Armadas, Autoridade Marítima, Serviço de Emergência Médica Regional, Instituto das Florestas e Conservação da Natureza, IP-RAM, Cruz Vermelha Portuguesa e SANAS, para o final ficou a demonstração do novo ROV e de evacuação pelo helicóptero do Serviço Regional de Protecção Civil.

Motivo para Miguel Albuquerque enaltecer as capacidades ao serviço da Protecção Civil, ao destacar um serviço “cada vez mais moderno e eficaz”. Exemplo disso, destacou o potencial do ROV, “o primeiro no País”, veículo adquirido por 261 mil euros “para fazermos face a qualquer eventual acidente (com fogo) em túneis”, mas também noutros espaços fechados, “como garagens e parques de estacionamento subterrâneos”.

O presidente do Governo está convencido que o novo veículo que reforça as capacidades dos bombeiros terá “muita utilidade e é adequado à Madeira”, tendo em conta os “cerca de 100 km de túneis”, além do “conjunto de parques subterrâneos” existentes.

Da nova máquina, destaca “a capacidade que tem, de entrar no túnel em caso de acidente, remover os obstáculos e atacar o fogo sem pôr em causa a integridade dos bombeiros e dos operacionais”. Ou seja, “foi um bom investimento”, assegura, mesmo sem ainda ter sido testado em cenário real.

Embora tenha dito que “com este meio, temos a possibilidade de fazer frente a qualquer sinistro de uma forma mais eficaz e com menos riscos para as corporações e para os bombeiros”, fez saber que há a intenção de “melhorar” a operacionalidade do ROV,

ROV, incorporando no mesmo, “posteriormente, infravermelhos” para ser “mais facilidade de observar o interior (túneis) quando ocorre sinistro (com fumo)”.

Outro dos meios ao dispor da Protecção Civil que Albuquerque quer ver melhorado é a capacidade de intervenção dos drones para melhor auxiliar as equipas de socorro nos muitos acidentes, “mais de cem acidentes por ano”, que ocorrem em percursos pedonais.

“Já temos um conjunto de drones aéreos já com alguma eficácia, mas queremos melhorar a parte dos drones no sentido de podermos ter uma cobertura com detecção do tipo de sinistros quando ocorrem, por exemplo, em levadas, para já podermos fazer uma intervenção mais precisa”. O desejo do governante é dotar os drones com “meios de detecção do sinistro que permita às equipas de socorro se deslocarem para o local com material adequado, com logística adequada”.

Ainda neste sector, aposta a manter é a de “continuar a melhorar a formação” dos agentes de protecção civil.

Centenas assistem a demonstração de meios especiais de protecção e socorro

Com centenas de locais e visitantes a assistiram, ao início desta tarde de sexta-feira, a um conjunto de demonstrações de meios especiais de protecção e socorro, no Cais 8, no Funchal.