Madeira

Catálogo colectivo já integra 22 bibliotecas na Madeira

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O secretário regional de Turismo e Cultura salientou que a tecnologia, actualmente, tanto ajuda na leitura, como nos desvia da leitura, pelo que é necessário encontrar um equilíbrio. Eduardo Jesus salientou que as bibliotecas “têm uma função social primordial” apenas conseguida através dos profissionais que nela trabalham. Está a realizar-se a II do Seminário Arte, Biblioteca e Cultura, no Museu de Imprensa, em Câmara de Lobos.

O governante lembrou o contributo do livro no âmbito da linguagem e aumento do vocabulário, num estímulo à criatividade. “O livro ajuda a diminuir o stress” e contribui para o bom humor. Eduardo Jesus salientou uma série de benefícios relacionados com a leitura.

Na ocasião, ressalvou o trabalho do Arquivo e Biblioteca da Madeira, nomeadamente na adesão das bibliotecas municipais ao catálogo colectivo, fazendo com que “hoje seja mais fácil aceder aos livros de toda a Região”. Desta forma, o leitor consegue aceder a livros que estejam em qualquer parte. No total, 22 bibliotecas, das quais 10 municipais, fazem parte do catálogo.

Eduardo Jesus revelou ainda um “carinho especial” por dois projectos. Um deles é no Hospital do Funchal e outro no Estabelecimento Prisional, pois conseguem chegar a pessoas que, por motivos distintos, estão sozinhos.

Um outro projecto, o ‘Book Start’ está direccionado para bebés com idades inferiores a 1 ano de idade. No fundo, pretende levar o primeiro livro aos mais novos. O objectivo é de que, no primeiro dia de escola, já tenham a sua biblioteca constituída.

60 mil títulos catalogados

Leonel Silva, vice-presidente da Câmara Municipal de Câmara de Lobos, afirmou que apesar da equipa da rede de bibliotecas de Câmara de Lobos ser reduzida, é bastante trabalhadora. Esta rede de bibliotecas é composta pela Biblioteca Central, existindo um pólo no Curral das Freitas e outro no Estreito de Câmara de Lobos, que actualmente se encontra encerrada.

O autarca anunciou que actualmente o concelho conta com um catálogo na ordem dos 60 mil títulos e indica que todos os anos tem vindo a ser feito um esforço para integrar novas publicações para “manter uma biblioteca viva”.

O social-democrata salientou a importância deste seminário devido à “pressão” que existe por parte do digital. “É importante voltarmos a olhar para o livro”, indicou Leonel Silva, acrescentando ser necessário voltar a dar força às bibliotecas, tendo em conta o contexto actual de ‘cancelamento’ de alguns livros e filmes, numa espécie de “higiene intelectual”.