Boa noite!

A bolha imobiliária tem vindo a gerar notícias quase diárias que confirmam que o aumento do valor das casas semeia ilusões em larga escala.

Hoje soube-se que o Funchal foi uma das cidades portuguesas onde o preço das casas mais aumentou, com um  crescimento a rondar os 26%. Neste contexto o cidadão focado apenas no rendimento imediato – pois consta que tudo o que chega ao mercado é comprado num ápice - pode ficar tentado a vender a habitação que eventualmente tem.

Na ânsia de conquistar um ‘jackpot’ envenenado, toda a cautela é pouca mau grado as habilidades de quem está no negócio imobiliário, desde os mais rodados e premiados, aos novos ‘players’, alguns dos quais com reputado passado político.

Todas as opções que envolvam risco acrescido são desaconselháveis pois vender a casa actual até pode ser um bom negócio, mas o problema é comprar a sucedânea, mesmo que mais modesta, a preços razoáveis. Não estarão já na lista de espera para a habitação social ou a custos controlados os que não conseguiram lugar para viver depois de venderem o que tinham?

A bolha especulativa noutros domínios acompanha a tendência ditada pelo imobiliário, o que exige atenção redobrada. Do supermercado ao café da esquina, da loja tradicional ao espaço franchisado, há preços surpreendentes quase todos os dias, em nome da guerra e de outras lutas, sem que ninguém tenha mão nestes assaltos descarados ao bolso do humilde contribuinte.

Antes que as bolhas rebentem seja prudente.