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Johnson destitui um dos seus ministros mais próximos que tinha pedido a sua demissão

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O primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, destituiu hoje um dos seus aliados mais próximos, o ministro da Coesão Territorial, Habitação e Comunidades, Michael Gove, que lhe tinha pedido que se demitisse.

Segundo a BBC, o ministro foi despedido pelo primeiro-ministro após a sua ausência hoje da bancada governamental no Parlamento ter sido notada.  

Fontes próximas de Gove tinham adiantado que o ministro não concordava que Johnson deve permanecer à frente do executivo britânico, tendo em conta a recente vaga de demissões de ministros, secretários de Estado e titulares de outros cargos no Governo que lidera.

Uma fonte governamental citada pelo Financial Times (FT) afirmou que Gove, um dos ministros mais próximos de Johnson, visitou hoje de manhã o primeiro-ministro na sua residência oficial, em Downing Street, para lhe dizer que o seu tempo à frente do Governo e do partido tinha acabado.

"Michael (Gove) disse-lhe essencialmente que está na hora de ir, que [o seu tempo como primeiro-ministro] acabou", referiu a fonte.

A retirada do apoio de Gove é vista no país como um sinal claro de que o primeiro-ministro já não tem a confiança de alguns dos que lhe estão mais próximos.

O ministro das Finanças, Rishi Sunak, e o ministro da Saúde, Sajid Javid, demitiram-se na terça-feira.

Cinco secretários de Estado anunciaram esta tarde, numa carta conjunta, que iam deixar o Governo do Partido Conservador, aumentando para 41 o número de responsáveis políticos que bateram com a porta.

Johnson está sob intensa pressão devido à série de demissões, que forçaram uma remodelação da equipa governamental.