Madeira

300 trabalhadores de call-center com contratos de trabalho precário na Madeira

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O coordenador da SINTTAV - Madeira (Sindicato Nacional dos Trabalhadores das Telecomunicações e Audiovisual), Batista Monteiro, destacou, esta manhã, que existem 300 trabalhares de ‘call-center’ na Madeira abrangidos com contratos de trabalho precário, realçando que o “maior centro de precariedade que existe” é na Meo-Altice Madeira.

“As reivindicações são mais que muitas, mas há algumas que sobressaem, que são o facto de estes trabalhadores serem altamente qualificados com uma função bastante desgastante e que continuam a receber o salário mínimo nacional”, disse, acrescentando que da parte destes funcionários é exigido um maior aumento de salários e redução da carga horária.

Por sua vez, Pedro Sousa, jovem trabalhador de ‘call-center’, também defende a igualdade de tratamento com os restantes trabalhadores das lojas físicas da Meo-Altice, que passaram a ser efectivos.

“Nós fazíamos parte de empresas de trabalho temporário e tínhamos contrato de 4 em 4 meses, renováveis automaticamente. Mas, hoje revogaram o nosso contrato e, a partir de amanhã, fazemos parte da empresa Intelcia, que pertence ao Grupo Altice Portugal, que nos vem alterar o tipo de contrato para termo incerto. Por isso, defendemos a igualdade de tratamento como os nossos colegas que trabalham nas lojas, que ficaram com a efectividade”, explicou, durante a manifestação organizada pela USAM - União dos Sindicatos Madeira, para assinalar o Dia da Juventude Trabalhadora, na Madeira.

Nesta iniciativa, que arrancou pelas 10 horas com uma concentração no edifício da Meo-Altice, na Avenida Zarco, as cerca de duas dezenas de manifestantes prosseguiram até à Assembleia Legislativa da Madeira, onde entregaram uma moção ao presidente da ALRM, aos grupos parlamentares e aos partidos políticos com assento no parlamento, com o objectivo de chamar a atenção para esta situação, que envolve vários trabalhadores que na sua maioria são jovens e licenciados.