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Putin fala da modernização militar russa no Dia do Defensor da Pátria

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Foto EPA

O Presidente russo, Vladimir Putin, assinalou hoje o Dia do Defensor da Pátria, antigo Dia do Exército Vermelho, depositando uma coroa de flores no monumento ao Soldado Desconhecido junto à muralha do Kremlin.

Na cerimónia, o chefe de Estado cumpriu um minuto de silêncio e depois presidiu ao desfile da Guarda de Honra do Kremlin.

Num filme de felicitações aos militares, Putin destacou que as Forças Armadas são a garantia da segurança nacional e de desenvolvimento da Rússia. 

"Vemos que a situação internacional que não é nada simples, vemos os perigos colocados pelos desafios existentes, como o enfraquecimento dos sistemas de controlo de armamento ou a atividade militar do bloco da NATO", afirmou Putin. 

O Presidente assinalou que nos últimos anos (a Rússia) fez muito para modernizar as Forças Armadas, o que permitiu demonstrar que os militares são capazes de "cumprir as missões mais complexas". 

"Vamos continuar a desenvolver sistemas de armamento inovadores, incluindo (armas) hipersónicas e que têm como base novos princípios", afirmou.

De acordo com o Presidente russo, tratam-se, "na verdade, de armas do futuro que vão elevar várias vezes o potencial combativo" das Forças Armadas da Rússia. 

Assinalar o dia 23 de fevereiro na Rússia é uma tradição que remonta ao regime comunista da ex-União Soviética. 

A história da data tem início em 1922, quando os líderes soviéticos propuseram comemorar o quarto aniversário da criação do Exército Vermelho e da Marinha.

O decreto sobre a organização dos dois ramos militares data de 23 de janeiro de 1918 o dia em que foram alistados os primeiros voluntários do Exército Vermelho e da Marinha.

A data foi então nomeada oficialmente Dia do Exército Vermelho sendo que continuou a ser assinalada após a queda da União Soviética.

Este ano, o dia é assinalado na mesma semana em que o Kremlin anunciou o reconhecimento das autoproclamadas repúblicas separatistas pró-russas do leste da Ucrânia, em guerra com Kiev desde 2014, e na mesma altura em que milhares de tropas russas se encontram junto à fronteira ucraniana, incluindo em território bielorrusso.