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Venezuela reduz período para vacinação de reforço de 6 para 4 meses

Foto JBula_62/Shutterstock.com
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A Venezuela vai reduzir de seis para quatro meses o período para a aplicação da vacinação de reforço, anunciou hoje o presidente venezuelano Nicolás Maduro, para travar a propagação local do coronavírus responsável pela covid-19.

"Parece-me pertinente que, a partir desta semana, assumamos a vacinação de reforço quatro meses após o calendário completo de vacinação. A Venezuela começará a aplicar a vacina de reforço a cada quatro meses para garantir a saúde do povo venezuelano", disse.

Nicolás Maduro falava no palácio presidencial de Miraflores, em Caracas, durante uma jornada de balanço do sistema de saúde público da Venezuela, transmitida pela televisão estatal e durante a qual destacou o trabalho realizado no país para vacinar a população contra a covid-19.

"Aos venezuelanos, homens e mulheres, que tiverem recebido a segunda dose de vacinação há quatro meses, [peço] que vão, que acudam aos centros de vacinação para obter o reforço", sublinhou o governante.

O presidente explicou que a Venezuela atingiu "102% da meta de vacinação de maiores de 18 anos" e que está avançando na vacinação de crianças a partir dos dois anos.

Nicolás Maduro precisou que a Venezuela já vacinou 56% das crianças e adolescentes entre os dois e 17 anos e que o país conta com as vacinas necessárias para aplicar em 2022, congratulando-se com a diminuição de contágios nos últimos dias.

"Passámos de 41 casos por cada 100.000 habitantes para 18 casos por cada 100.000 habitantes hoje, com tendência a baixar", disse.

Durante a sua alocução Nicolás Maduro agradeceu à China, Rússia e Cuba pelo apoio dado à vacinação da população da Venezuela, apesar das sanções e bloqueio internacional impostos pelos Estados Unidos.

Segundo a Organização Pan-americana da Saúde, a Venezuela aplicou a vacinação completa (1.ª e 2.ª doses) a 49,77% da sua população, enquanto 77,19% dos cidadãos contam pelo menos com uma dose de uma vacina anti-covid-19.

De acordo com dados divulgados pelas autoridades venezuelanas, o país contava, na segunda-feira, com 511.772 casos de covid-19 e 5.616 mortes associadas ao novo coronavírus, desde o início da pandemia.

Desde março de 2020 que a Venezuela está em confinamento preventivo, com um sistema de sete dias de flexibilização, seguidos de sete dias de confinamento rigoroso. Desde novembro de 2021 que a quarentena se mantém de maneira flexibilizada.

Em 03 de janeiro deste ano, a Venezuela iniciou a aplicação da dose de reforço das vacinas russa Sputnik V e da chinesa Sinopharm.

A covid-19 provocou pelo menos 5.892.084 mortos em todo o mundo desde o início da pandemia, segundo o mais recente balanço da agência France-Presse.

A doença respiratória é provocada pelo coronavírus SARS-CoV-2, detetado no final de 2019 em Wuhan, cidade do centro da China.

A variante Ómicron, que se dissemina e sofre mutações rapidamente, tornou-se dominante no mundo desde que foi detetada pela primeira vez, em novembro, na África do Sul.