Comunidades Madeira

CDS-Madeira lamenta que a República não dê respostas aos emigrantes

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Foto CDS

O Grupo Parlamentar do CDS alertou, esta sexta-feira, "para os últimos acontecimentos que têm demonstrado que o Governo da República não tem qualquer interesse nos nossos emigrantes, nem na nossa diáspora".

Lembra o CDS que se trata de  "situações manifestamente visíveis", nomeadamente com o Programa Regressar, quando ainda não foi encontrada uma solução para que as pessoas que queiram regressar à Madeira, com o objectivo de recomeçar uma nova vida, possam usufruir dos mesmos apoios daqueles que optam por residir no Continente. "Logo, continua aqui bem patente a discriminação com as Regiões Autónomas", dizem os centristas.

Outra "situação incompreensível" é, o Governo da República, há quase 6 anos, ainda não ter encontrado soluções para que os emigrantes, que apostaram no BES e no BANIF, possam reaver as suas poupanças.

Assim como a TAP, que para além dos "preços exorbitantes" que os emigrantes têm que pagar para voltar à Região, "pelos vistos esqueceram-se da rota para a Venezuela".

E diz Ana Cristina Monteiro: Vamos ver se, com esta abertura de rota da Venezuela para Portugal, se, de facto, a mesma será concretizada, quer pelo Governo da Venezuela quer pela TAP, que tem vindo a abandonar a nossa diáspora da Venezuela".

“É importante reforçar que, o que a nossa comunidade residente na Venezuela espera da TAP, enquanto linha aérea de todos os portugueses, é que a mesma retome a rota que mantinha com a Venezuela. Porque quando a Venezuela estava bem economicamente, a TAP tinha muito interesse em manter as rotas aéreas abertas e até reforçadas, mas como agora a Venezuela já não é uma rota importante para a TAP, já não interessa” Ana Cristina Monteiro, deputada do CDS

Outra situação grave tem a ver com a Lei da Nacionalidade, que já passou por inúmeras mudanças ao longo dos anos, e mesmo sendo mais abrangente permitindo que outros lusodescendentes possam adquirir a nacionalidade portuguesa, esta alteração da lei não tem sido suficiente, pois a falta de recursos humanos torna o processo muito mais longo.

“Os prazos de tramitação dos processos de concessão da nacionalidade portuguesa nos termos da lei correspondem a 30 e 60 dias, no entanto estão a demorar entre 14 a 20 meses” Ana Cristina Monteiro, deputada do CDS

E tudo isto para chegar a uma conclusão: "O Governo da República não tem nenhum interesse nos nossos emigrantes, na nossa diáspora, que tanto tem dado à nossa Região e a Portugal".