Madeira

José Manuel Rodrigues contesta "discriminação negativa"

Presidente da ALM envia carta ao Primeiro-Ministro por causa do PLF

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O presidente da Assembleia Legislativa da Madeira escreveu ontem uma carta Primeiro-Ministro na qual se insurge contra a obrigatoriedade de preenchimento do Passenger Locator Form, pelos passageiros das Regiões Autónomas dos Açores e da Madeira nos voos com destino ou escala em Portugal continental.

Apesar de concordar com o disposto no Decreto-Lei n.º 105-A/2021, de 30 de Novembro, que inscreve no seu preâmbulo que “o contexto atual da pandemia da doença COVID-19 tem reclamado a aplicação de várias medidas de natureza extraordinária, motivadas por razões de saúde pública e pela necessidade de garantir condições para recuperar a economia e evitar ou mitigar as situações de contágio pelo vírus SARS-CoV-2”, garantindo que o mesmo “ficou bem vincado nas medidas implementadas na Região”, José Manuel Rodrigues  lamenta a discriminação de que são alvo os  passageiros que viajam das ilhas par o continente.

O legítimo representante do povo da Madeira discorda da obrigatoriedade de preenchimento do formulário de localização de passageiros, denominado a nível da União Europeia “Passenger Locator Form” (PLF), por parte dos cidadãos que viajam das ilhas para o continente, “uma vez que tal já não se aplica nas deslocações de passageiros em voos entre aeroportos situados no território continental”. Mas também com o facto dessa obrigatoriedade “vincular apenas os passageiros dos voos com destino ou escala em Portugal continental, provenientes dos Açores e da Madeira, conforme o referido na a), do ponto 1, do artigo 2.º, do referido Decreto-Lei n.º 105-A/2021 e expresso na Nota à Comunicação Social através do Comunicado conjunto dos ministérios da Economia e Transição Digital, Administração Interna, Saúde e Infraestruturas e Habitação, de 7 de fevereiro p.p.”.

Entende estar perante “uma discriminação negativa, que não compreendemos, nem é aceitável, relativamente a todos os outros passageiros que igualmente viajam de avião dentro do território nacional, como viajam os passageiros provenientes das Regiões Autónomas quando se deslocam a Portugal continental” e por isso apela a António Costa “para que o Governo de Portugal possa reparar a discriminação referida”.