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Museus da Madeira em 2021 com mais do dobro dos visitantes de 2020

Galerias de arte tiveram mais exposições, mas em número inferior ao de 2019, indica a Direcção Regional de Estatística da Madeira

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No ano de 2021, os 17 museus na Região Autónoma da Madeira (RAM) que cumpriram os 5 critérios de elegibilidade de apuramento do Inquérito aos Museus, dispunham de cerca 102,2 mil bens no seu acervo. Contabilizaram-se cerca de 187 mil visitantes, correspondendo a um acréscimo de 159,5% face a 2020 (72 mil pessoas), dos quais 71,4% eram estrangeiros (133,5 mil) e 5,4% eram visitantes inseridos em grupos escolares (10,2 mil). Face a 2019, ocorreu um decréscimo de 12,2% no número de visitantes, indicou hoje a Direcção Regional de Estatística da Madeira.

No Inquérito às Galerias de Arte e Outros Espaços de Exposições Temporárias de 2021 foram inquiridos 34 estabelecimentos em actividade na RAM, que realizaram 154 exposições (+35,1% que no anterior), nas quais 1 028 autores expuseram 3 753 obras (3 545 obras em 2020), o que significou um aumento de 5,9% no número de obras expostas. Note-se que face a 2019, o número de exposições diminuiu 41,0% e as obras expostas 44,4%.

Publicações periódicas com descida nas edições, tiragem anual, circulação total e exemplares vendidos

No Inquérito às Publicações Periódicas foram apuradas 25 publicações periódicas em 2021 na RAM, menos 2 que em 2020. Estas produziram 876 edições, 4,8 milhões de exemplares de tiragem global e 3,3 milhões de exemplares de circulação total, dos quais foram vendidos 3,2 milhões de exemplares. Face ao ano transato, registaram-se diminuições nas edições (-1,0%), na tiragem total (-3,1%), na circulação total (-16,1%) e no número de exemplares vendidos (-15,9%).

Sessões de cinemas e espectáculos ao vivo aumentaram, mas ainda penalizados pela pandemia

Em 2021, contabilizaram-se 8 783 sessões de cinema na RAM, mais 14,3% que no ano anterior. O número de espectadores aumentou para os 99,3 mil e as receitas de bilheteira para 526 milhares de euros, representando acréscimos de 40,7% e de 43,3%, respectivamente, face a 2020. Ainda que os resultados tenham sido melhores, 2021 continuou a ser penalizador para esta actividade cultural, que sofreram enorme impacto da pandemia da COVID-19. Face a 2019, o número de sessões diminuiu 49,4%, o número de espectadores 64,4% e as receitas 63,3%.

No que diz respeito aos espectáculos ao vivo, foram promovidas 674 sessões em 2021, com um total de 66,1 mil espectadores, dos quais cerca de 25,0 mil pagaram bilhete, gerando uma receita de 215 mil euros. Em comparação com o ano transacto, verificaram-se acréscimos nas sessões realizadas (+51,5%), nos espectadores (+57,9%) e nos bilhetes vendidos (+0,1%). Já as receitas de bilheteira diminuíram (-1,4%). Em comparação com 2019, diminuiu o número de sessões de espectáculos ao vivo (-49,0%), o número de espectadores (-84,4%), o número de bilhetes vendidos (-64,9%) e as receitas geradas (-77,1%).

No ano em referência, os jardins botânicos e aquários considerados para a RAM foram visitados por 370,3 mil pessoas (+49,1% face a 2020), na sua grande maioria estrangeiros (88,4%). Face a 2019, o número de visitantes diminuiu 48,2%.

Peso das despesas com cultura e desporto diminuiu

Segundo os resultados do Inquérito ao Financiamento Público de Actividades Culturais, Criativas e Desportivas pelas Câmaras Municipais (IFAC) de 2021, as despesas em actividades culturais, criativas e desportivas das Câmaras Municipais naquele ano rondaram os 9,6 milhões de euros, significando uma subida de 1,9% face a 2020. Este aumento resultou essencialmente do acréscimo de 1,7% verificado nas despesas correntes, que representaram 93,7% das despesas totais em cultura e desporto. Note-se que as despesas de capital, apesar de pouco expressivas (6,3% do total das despesas em cultura e desporto), aumentaram 4,2% relativamente ao ano precedente. Em 2021, o peso das despesas com cultura e desporto nas despesas totais das Câmaras fixou-se nos 4,2%, inferior em 0,8 pontos percentuais face a 2020.

Em 2021, do total das despesas com cultura e desporto, 66,1% tiveram como destino as actividades culturais e criativas (equivalendo a 6,3 milhões de euros) e os restantes 33,9% às actividades e equipamentos desportivos (3,3 milhões de euros). Face ao ano anterior, as actividades culturais viram as suas despesas diminuírem 8,2%. Já as despesas em actividades e equipamentos desportivos tiveram um aumento de 29,6%. De referir ainda, que o peso das despesas em cultura e em desporto, face ao total de despesas das Câmaras da Região foi de 2,8% e 1,4%, respectivamente.

Por domínios, e no caso das despesas culturais e criativas, evidenciam-se as afectas às 'Artes do espectáculo' (1 710 milhares de euros) e às 'Actividades interdisciplinares' (1 709 milhares de euros), com um peso de 53,9% do total das despesas em cultura, seguidas das despesas afectas às 'Bibliotecas e arquivos' com 17,2% (1 091 milhares de euros).

No caso das despesas em desporto, destacam-se as relativas às 'Actividades desportivas', que corresponderam a 41,4% das despesas totais em desporto (1 345 milhares de euros) e às “Associações desportivas”, que representaram 33,7% (1 095 milhares de euros).