Eleições Autárquicas Madeira

Mafalda Gonçalves quer fixar as pessoas em Santa Cruz

None

A candidata do Partido Socialista (PS) à presidência da Câmara Municipal de Santa Cruz pretende pôr em prática "um plano de combate à desertificação e reequilíbrio territorial no concelho, que contemple medidas de incentivo ao repovoamento sustentável, diversificação económica e criação de emprego nas zonas mais afectadas pelo êxodo rural".

Mafalda Gonçalves alerta para o facto de "haver freguesias, como a Camacha e o Santo da Serra, onde a saída de pessoas continua a verificar-se", o que tem consequências como "agravamento dos problemas associados ao despovoamento", "abandono dos terrenos agrícolas", "a degradação da paisagem", "a proliferação de pragas" e "o aumento do risco de incêndio", aponta.

A candidata reitera, por isso, que a "criação de medidas que promovam a fixação das pessoas" é "uma das suas preocupações".

“O Governo Regional nada tem feito contra o grave problema que é o despovoamento dos espaços rurais”, lamenta Mafalda Gonçalves, considerando que "as autarquias devem implementar medidas municipais que contrariem a deslocação das pessoas para os maiores centros urbanos, minimizando os problemas que acabam por acontecer, quer no campo, quer nas cidades, devido ao desequilíbrio que se cria”.

A socialista crê também que "é fundamental adoptar uma estratégia para o desafio demográfico centrada nas pessoas", até porque, como afirma, "não é possível pensar o território sem pensar nestas, nas suas necessidades, na sua mobilidade, na comodidade e qualidade que precisam para permanecerem e nas razões que precisam para regressarem e se fixarem nos locais".

“É fundamental criar condições para a fixação de pessoas e empresas, assentes na dignidade, funcionalidade e atratividade do território, condições essas que passam por manter infra-estruturas e serviços públicos, nomeadamente um gabinete local de apoio aos munícipes e aos empreendedores”, adianta.

A candidata entende também que é necessário criar uma certa “autonomia funcional nas localidades”, assente "no património e nas tradições locais".

“Localidades como o Santo da Serra ou a Camacha, que são locais pitorescos, com identidade e história, não podem viver apenas aos fins de semana, se o tempo estiver de feição e mediante a disponibilidade de quem nos visita. A vida e a dinâmica dos lugares devem ser marcadas por quem lá vive e, para isso, é fundamental que existam razões para ficar”, conclui Mafalda Gonçalves.