Rali Vinho da Madeira Desporto

11 segundos separam os dois da frente

À entrada para a 2.ª etapa Miguel Nunes, que lidera o Rali desde o primeiro momento, tem Alexandre Camacho por perto

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Hoje vão disputar-se mais oito provas especiais de classificação, a partir das 10h11

O piloto madeirense Miguel Nunes parte hoje para a estrada na frente do Rali Vinho Madeira. A prova disputa-se este sábado com dupla passagem pelos troços de Câmara de Lobos, Ponta de Sol, Ponta de Pargo e Rosário, com início marcado para as 10h11 e de olhos postos na alternância meteorológica, dada a previsão de chuva.

Ontem, Miguel Nunes passou o dia na liderança, dando claros sinais de que pretende revalidar o título conquistado na edição passada da prova.

Apesar das condições adversas que se fizeram sentir ao longo do dia, com chuva e nevoeiro, Miguel Nunes (Skoda Fabia R5 Evo) dominou toda a primeira secção da etapa, composta pelos troços cronometrados de Campo de Golfe, Palheiro Ferreiro, Boaventura e Santana.

O madeirense venceu as quatro classificativas, disputadas na parte da manhã, que terminou com uma vantagem de 18,3 segundos sobre o segundo classificado, o conterrâneo Alexandre Camacho (Skoda Fabia R5 Evo).

Nas quatro classificativas da tarde, a vitória foi para Alexandre Camacho, que relançou a competição, mas, apesar do empate em número de provas especiais, Miguel Nunes lidera com uma vantagem de 11,3 segundos.

Miguel Nunes admitiu que cometeu um erro. "Nós acabamos por tomar uma opção errada, pois levamos dois pneus no porta bagagens, acabando por essa decisão nos fazer perder algum tempo’’, referiu no final da 1.ª etapa do Rali, prometendo "continuar a nossa guerra’’, que deverá ser defensiva.

Por seu lado, Alexandre Camacho , lembrou que "o  rali vai a meio,", tendo sido condicionado pela "má escolha de pneus ". O seu navegador Pedro Calado assinala que feitas as emendas, em quatro classificativas foi possível recuperar 7 segundos e  como hoje há oito PEC por disputar, julga que está tudo em aberto.

Bruno Magalhães, o piloto de fora da região com mais participações na prova (19), com um Hyundai I20 R5, terminou em terceiro lugar, com uma diferença de 24,1 do primeiro classificado. O piloto português pode passar a ser recordista absoluto, se vencer esta edição, subindo para cinco o número de conquistas.

O recorde de vitórias pertence a Américo Nunes, Andrea Aghini, Giandomenico Basso e Bruno Magalhães, que levantaram o troféu da prova madeirense em quatro ocasiões.

O madeirense Alexandre Camacho já venceu a prova três vezes, podendo entrar no atual lote de recordistas de vitórias da competição insular.

O RVM, que realiza este ano a 62.ª edição, é igualmente a quarta prova do Campeonato de Portugal de Ralis (CPR). Para esta competição, os melhores classificados foram Bruno Magalhães, que detém uma vantagem de 11,1 segundos para José Pedro Fontes (Citroen C3 R5), e 13,5 para Armindo Araújo (Skoda Fabia R5 Evo), terceiro nesta classificação.

Tudo em aberto nas duas rodas motrizes

Intensa e animada esteve ao longo de toda a 1ª etapa do Rali Vinho da Madeira a luta pela primazia entre os utilizadores de carros de duas rodas motrizes. Rui Jorge Fernandes e o seu Renault Clio R3T estiveram sempre na frente mas o seu principal opositor, João Silva e o debutante Renault Clio Rally4 tem andado sempre muito próximo e um forte ataque deste último na 2ªsecção chegou a deixar estes adversários separados por pouco mais de 2 segundos. Ao fim do primeiro dia de competição a diferença voltou aos 9,9 segundos mas tudo permanece em aberto para a 2ª etapa.

Terceiro, Dinarte Baptista, ao volante de um Renault Clio R3, está já a mais de um minuto do duo da frente, e é seguido também a distância confortável por Roberto Canha, com um Peugeot 208 Rally4, e João Ferreira, em Citroën Ds3 R3T. No grupo RGT, Filipe Freitas roda tranquilo com mais de nove minutos de avanço para Paulo Carvalheiro. Ricardo Gonçalves está sozinho no grupo RC5 e tem aproveitado para conhecer melhor o Renault Clio Rally5 com que tem nesta prova a sua primeira participação.