Prometido é devido

Rui Rio (RR) ao ser eleito líder do PSD deixou os simpatizantes da social-democracia convictos que fora a escolha certa. A garanti-lo o seu desempenho proficiente e independente como presidente da C.M. do Porto, eleito com 1 maioria relativa e reeleito em mais 2 mandatos com maiorias absolutas, não permitindo que interesses alheios à autarquia interferissem na sua governação. Preocupa-nos que a sua liderança no PSD esteja ainda longe de atingir o nível do seu desempenho como autarca. Se a partir de certa altura a pandemia tudo condicionou, também é verdade que ainda antes de ela eclodir RR se mostrava como que “vinculado” a uma agenda política que não era a do PSD, preocupado em não “hostilizar” o Presidente da República (PR) nem a má governação do PS (GPS) que, com ou sem pandemia, deve ser denunciada e combatida, não havendo um tempo melhor do que outro para isso, pois está em causa o futuro do País e dos portugueses. Há muito que o PR mostra pouca isenção política, basta recordar os elogios públicos e as críticas em privado à GPS, propícias a induzir na opinião pública a ideia que não há alternativa política. As estatísticas indicam um País de velhos e para velhos onde há cada vez menos lugar e oportunidades para a juventude nomeadamente a mais qualificada. RR prometeu cativar e motivar os abstencionistas a votar, entre eles muitos jovens desiludidos com a política e os políticos. É tempo de começar, não só com entrevistas aos média mas no contacto direto por todo o País e sem esperar por campanhas eleitorais. Diga aos portugueses o que é a social-democracia e as suas mais valias em relação ao socialismo que nos últimos 20 anos nos levou à bancarrota e à austeridade mantendo-nos na cauda da UE, diga-lhes o que pretende fazer para inverter essa situação, apele ao voto daqueles que desacreditaram da democracia e mostre-lhes que o voto deles é crucial para que Portugal mude para melhor. O prometido é devido e se o tempo urge o País ainda mais.

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