Greve(s) da GroundForce e outras

Triste "Estado" do nosso Portugal! É vergonhoso, quando os serviços que devem fiscalizar o país e as empresas, permitem que estas operem meses e meses sem os ordenados em dia e com jogadas de bastidores duvidosas. Se os serviços de fiscalização, justiça e até o bom senso funcionasse, não precisávamos sofrer dos efeitos das greves, pois muitas nem chegavam a acontecer. A simples tentativa de furar a lei, seria punida (sem negociações)! As contas andavam certas, dia a dia, semana a semana, mês a mês! Na continuação do "fado", é ver e ouvir, algumas vozes erguerem-se contra os prejuízos das greves... Mas, não levantam a sua voz e ações, pelas centenas, milhares de trabalhadores que trabalham para o sustento próprio e familiar, na maioria com ordenados mínimos e em situações de contrato precárias. A pressão, essa, cai normalmente sobre os trabalhadores. A mim como cidadão, custa-me o efeito das greves. Custa-me estas perturbações nas viagens, custa-me não poder usufruir dos vários serviços públicos e privados condignamente. Dói-me até, ver equipas dos Jogos Olímpicos, que tanto se esforçaram e lutaram por "este dia", afetadas. Mas acreditem, custa-me, custa-nos... e vai nos custar muito mais, deixar andar a corrupção, a roubalheira e a contínua despromoção dos direitos básicos, daqueles que trabalham e pagam impostos, na base deste país. Defende-se o bonito ideal da Constituição, como o valor da "Família", mas deixa-se andar a corrupção e criam-se leis, que deterioram as condições daqueles que humildemente trabalham, na tentativa de conseguir o mínimo de qualidade de vida, para si e para os seus. Enquanto existirem manifestações pacíficas de liberdade: sejam greves, manifestações públicas, reuniões ou até cartas - cada vez mais, olhadas com maus olhos - algumas coisas ainda vão melhorando, ou pelo menos não pioram... A Venezuela e a propósito a África do Sul, está ao virar da esquina... Os sinais estão à vista!

Duarte Sousa Melim