Eleições Autárquicas Madeira

Marco Gonçalves quer libertar São Martinho "da estagnação"

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O candidato pela Coligação PSD/CDS à presidência da Junta de Freguesia de São Martinho, Marco Gonçalves, defende que é hora de voltar a catapultar a freguesia para a senda do desenvolvimento, de olhar para as potencialidades e trabalhar em rede com os vários sectores da sociedade. “Neste tempo sem igual, que nos impôs tantas mudanças, há que dar a mão a quem mais precisa, fazendo das pessoas a prioridade da nossa acção”, referiu  o candidato, ontem oficialmente apresentado pelo partido como cabeça-de-lista à presidência da junta. 

Entre os objectivos traçados, Marco Gonçalves assume como prioridades, melhorar as condições de vida das populações e garantir o aumento da coesão cultural, social e económica: “Hoje, mais do que nunca, necessitamos do poder local para garantir mais desenvolvimento e mais justiça social”, defende.

O cabeça-de-lista à presidência da junta considera que São Martinho é actualmente, uma freguesia estagnada. “Não se aponta, uma obra preponderante, um programa devidamente regulamentado, um projecto totalmente inovador”, criticou o candidato, estranhando que “a Junta mais rica da Região, não consiga ter uma única ideia que vá além da realização de cruzeiros feitos no Mediterrâneo e considerados pelos socialistas de São Martinho apoios sociais”. “Em oito anos, a freguesia estagnou e estrangulou-se em muitas áreas". 

Marco Gonçalves referiu ainda: “~Entre 2014 e 2020, o orçamento da Junta  de Freguesia passou de 523 mil euros para 860 mil euros, mas, hoje, volvidos oito anos e com 5,6 milhões de euros depois, aquilo que este Executivo tem para mostrar é o caos no trânsito, são estradas degradadas, é o desgaste dos equipamentos públicos, a falta de limpeza nos becos, nas veredas e nos sítios”. “É o empobrecimento da imagem da nossa freguesia, do ponto de vista do seu potencial turístico”, sublinhou. 

É por estar contra este estado de coisas que o fisioterapeuta de 50 anos aceitou ser candidato, “não para ser alternativa, mas sim, para ser a afirmação de um novo rumo para a freguesia e para a cidade”, e sublinhando que São Martinho precisa de Pedro Calado como presidente da Câmara para “soltar amarras e desafazer os nós que amordaçam o seu desenvolvimento”.  

“Não vou atrás de qualquer tacho ou de qualquer cargo”, garante Pedro Calado

Pedro Calado não vê qualquer problema em deixar de ser vice-presidente do Governo para, caso seja eleito, assumir a presidência da Câmara do Funchal.

“Aceitei o desafio de ser candidato com muito orgulho, porque o meu primeiro objectivo é lutar pelas pessoas e se é para trabalhar pelas pessoas tanto faz estar no Governo, como na CMF, não vou atrás de qualquer tacho, não vou atrás de qualquer cargo”, esclareceu o cabeça-de-lista da candidatura ‘Funchal sempre à frente’ na apresentação de Marco Gonçalves como candidato à presidência da Junta de freguesia de São Martinho.   

Pedro Calado assumiu também o compromisso de desenvolver uma cidade com projectos, com investimento, olhando para a população, ajudando aqueles que mais necessitam, mas sobretudo criando uma geração de oportunidades. “Queremos uma cidade desenvolvida com igualdade de oportunidades e fazendo acreditar que os projectos privados ajudam o sector publico a desenvolver uma economia”, referiu.

O cabeça-de-lista à Câmara Municipal do Funchal considera que actualmente o sector do urbanismo  da autarquia está estagnado, leva 3 a 4 anos para  apresentar e aprovar  projectos. “Nós  não queremos isso”, sublinhando que o urbanismo é uma das principais fontes de receitas em termos de impostos  municipais, mas também um dos factores de desenvolvimento da cidade. 

Por isso, exortou os cidadãos para o que está em causa nas próximas eleições: “Ajudar a população a ter uma vida melhor crescendo economicamente com futuro, criando mais investimento publico, criando mais jardins,  acabando com os  desastres da mobilidade na cidade. A pista de ciclismo é um flop monumental, fazer o que estão a fazer com a rede de abastecimento de água é um crime. Todos os dias há rupturas de água. Não há investimento neste sector, os munícipes pagam a água e vem este Executivo  criticar a  Águas e Resíduos da Madeira  que  é quem sustenta o abastecimento de água no concelho. Alguém está a ficar com o dinheiro nos bolsos”, afirma o candidato. 

Pedro Calado refere que o actual executivo da coligação ‘Confiança’ orgulha-se tanto de ter reduzido a dívida da autarquia, mas constata que o povo está a viver muito pior do que há oito anos. “Daqui a oito anos precisamos de manter as infra-estruturas rodoviárias, é preciso manter o saneamento básico, é preciso ter uma cidade limpa e não a pouca vergonha que está acontecer, animais espalhados por todo o lado, delinquentes espalhados por todo lado, seringas espalhadas por todo o lado. A cidade nunca esteve tão porca e  suja como está agora, é uma pouca vergonha e  nós temos que resolver este problema”, diagnostica.

José Luis Nunes e Alberto João Jardim discursaram

Na cerimónia de apresentação, o candidato à Assembleia Municipal, José Luís Nunes  disse confiar no trabalho de Pedro Calado para acabar com  a “inércia” da actual gestão camarária, criticando o caos no trânsito.  O médico alertou ainda  para o risco da baixa natalidade na cidade  a médio e a longo prazo e defendeu mais protecção para a terceira idade.

Um momento que contou com a presença do líder histórico do PSD-M. Alberto João Jardim voltou à mais populosa freguesia do Funchal para denunciar “a mentira socialista” de que o governo regional não faz obras em território que não é social-democrata. “Essa gente mente”, referiu desmontando com obras e investimentos de milhões de euros os que acusam o PSD de “discriminação política”, mas que usam dinheiro público para comprar votos.

Alertou para os anos difíceis que se avizinham, para os quais contribuem a covid e a posição de Lisboa. “Nunca tivemos uma dupla tão ferreamente anti-autonomia como este PS e este Presidente da República”, observa, recomendando que a opção nas Autárquicas seja pelos competentes e pelos que querem desenvolver a Madeira. Também se manifestou a favor do Estado Social, que ajuda quem precisa, mas que não deve alimentar quem pode trabalhar e fica em casa, a contar com subsídios e borlas. A este nível, incentiva ao aumento dos salários e aos contratos de produtividade.

A Pedro Calado e restantes candidatos pediu um favor: “Acabem com a asneirada que vai nesta cidade”, criticando “os desgraçados” que meteram “uma pista de bicicletas” numa zona que lhe custou um dinheirão para alargar. “Voltamos à idade da pedra?” questiona, garantindo que já confidenciou ao presidente da Câmara que o que fez na Estrada Monumental “era mais do que suficiente para estar no olho da rua”.

Por fim, elogiou a excelência da lista de candidatos  ao executivo da Junta de Freguesia de São Martinho. Para além de Marco Gonçalves, a mesma é composta pelos seguintes elementos: Rómulo Coelho, Paula Menezes, Alfredo Correia, Gil Freitas, Rosa da Silva, Miguel Raposo Silva, José Sousa, Rute Caires, João de Sousa, Carlos Alves, Maria Olegária Pestana, Carlos Candelária, João Paulo Gomes, Susana Ferreira, Vitor Henriques, José Cró, Cláudia Faria,  António Rodrígues, Carlota Nóbrega, José Nélio Gonçalves, Alexandra Gonçalves, Diana Freitas, Rafael Santos, Eduardo da Silva, Maria Beatriz Fernandes, José Faria, Gonçalo de Moura, Fátima de Sousa, Miguel Afonseca, Claudia Ribeiro, Isabel Rodrigues, Ruben Santos, Inês Carvalho, Paulo Fernandes, Teresa Vítor, Jaime Abreu, Fátima Camacho.