Escola do Lombo do Guiné: é um exemplo?

Deste modo, venho felicitar o autor do artigo de opinião publicado em Cartas do Leitor: “Escola do Lombo do Guiné: o exemplo”, no dia 9 de julho de 2021. O seu artigo é digno de louvor pela escrita eloquente e elogiosa à referida escola, aos seus colaboradores e à Câmara Municipal da Calheta.

Apesar de enumerar factos verdadeiros e de na realidade esta instituição apresentar um bom trabalho, as suas palavras sabem a falso, sabe porquê? Porque deve ter um bom motivo para tão alarmante elogio público. Cá para mim qualquer uma das seguintes razões pode ser válida: 1- O autor não identificado é um docente contratado que precisa de trabalho no próximo ano letivo e talvez o diretor lhe possa dar uma ajuda? 2- O autor é um professor/educador em mobilidade por sugestão do órgão de gestão e queira continuar ali por interesses pessoais? 3- É um docente oriundo de Portugal Continental, nascido numa aldeola remota, situada algures entre o Minho e Trás-os-Montes, onde a Internet e a rede Wireless não têm cobertura e ao descobrir a freguesia do Arco da Calheta pensa que chegou ao céu? 4- Ou pode ser algum colaborador da escola com interesses políticos e que deseje um “tacho” nas próximas eleições autárquicas? 5- E por fim, o autor pode ser o próprio Diretor da Escola do Lombo do Guiné que quer dar visibilidade ao seu trabalho e ao dos seus colegas com o objetivo de angariar alunos das redondezas para o seu estabelecimento de ensino, uma vez que por estas bandas o que não há mesmo são alunos? (Com tanta tecnologia, é pena não haver quem a use. É um desperdício!)

O artigo a que me refiro é uma amostra da elevada vaidade (ou arrogância) de quem o escreveu e é caso para referir o provérbio “A vaidade é o alimento dos tolos”.

Gostaria de lembrar que ali se trabalha com empenho, dedicação e amor à causa, tal como em outras escolas.

Todos são incansáveis nas suas lutas e são como uma família, tal com em muitas escolas da Madeira, de Portugal e do mundo.

Mais: a relva, o campo e o parque infantil fazem as crianças felizes, mas não são invenções das pessoas que ali trabalham nos dias de hoje, elas já existem há cerca de 40 anos. Já muitas crianças brincaram nestes espaços, não é preciso exagerar tanto!

A liderança desta instituição, representada na figura do Diretor, não tem capacidades acima da média. É um professor preocupado e diligente para uns, mas para outros não passa de um oportunista “chorão que caiu em graça” e só se cala quando tem o que deseja. Para esta realidade aplica-se a máxima: “A vaidade é faladora, o orgulho silencioso”. A comunidade local não precisa de uma escola tão exemplar, mas com falta de humildade.

M. Freitas