Candidatos e Candidaturas

Eleições á vista, logo está aberta a caça ao lugar na sombra.

A verdade, é que a conquista desse lugar, obedece, nalguns partidos, a um só critério, “sucessão” e noutros a imposição por fidelidade ao cartão, quando o que interessa é a pessoa, e a sua competência.

Só num pais, com uma democracia, doente, e deveras, viciada, por sucessivas violações dos seus ideais, acontecem, situações anedóticas, destas, em que filhos herdam, dos pais, o ideal partidário, que não é o mesmo que o ideal democrático, nem adquirem uma personalidade democrática, antes pelo contrario, são formatados; verdadeiros, clones, sem ideais, vazios, de ideais democráticos, apenas focados, num carreirismo, erradamente aceite como profissão; seguem o exemplo, de alguém, que muitas vezes, nem seria exemplo para ninguém.

Esquecem estas mentes brilhantes, da politica regional, que governar, significa, “saber fazer”, significa propor, e esclarecer, de como vai, tornar possível, e fazer acontecer o que se propõe, em programas de governo, que muitas, vezes não passam, de um monumental embuste, um chorrilho de mentiras.

Fazer política, é antes de mais, saber, trabalhar, para um bem maior, comum, onde interesses pessoais, de grupos, e inclusive pessoais, não têm lugar. Mesmo governando com maioria, não se pode, nem se deve, apenas governar para a “nossa maioria”, e as minorias, têm de ser consideradas, e ouvidas, porque hoje, o que é maioria, pode muito bem, vir a ser, minoria.

Assiste-se, a situações, que são sintomas de uma democracia, doente, os extremismo, não resolvem nada, assim, como na saúde, os excessos, matam, na politica, e na governação o resultado é similar; no entanto, não se pode governar, com desprezo, por uns, e com consideração por outros, que muitas vezes, não a merecem; e aqui, governar com diplomacia, com equidade e igualdade, é importante para se prevenir, e blindar a génese de extremismos e extremistas.

Em todos os partidos, existem, os chamados, “moderados”, também, uma minoria; estes fazem, toda a diferença, são como o bom-senso, coletivo, a purgar excessos, mas a verdade, é que na democracia portuguesa, o desprezo por minorias, pode ser fatal, “considerar, para ser considerado”, e só um relacionamento vertical, com brio, sempre na procura do melhor, para os governados, para o bem-comum, apostando na sustentabilidade e na qualidade crescente de vida das populações, garantem um eleitorado fiel, nunca submisso, no entanto, políticos maquiavélicos, utilizam, IPSS e programas sociais, apenas, e focados, em implantar no consciente coletivo, essa marca de servilismo eleitoralista, e que só tem sucesso, quando a educação é fortemente desprezada, por quem governa.

Dos moderados, gostaria, ainda de frisar, que em muitos partidos, as direções, logo correm com eles, sejam de direita, ou de esquerda, os moderados, acabam, por, perder a paciência, porque aturar, situações destroem a pessoa, o seu caracter e poem em xeque a sua imagem, quando as exigências, das direções partidária, apenas se focam, na defesa dos interesses, e os mesmos se sobrepõem, aos interesses da comunidade, que governam: não hesitam, em se corromper, e assim, temos políticos, que vivem numa promiscuidade criminosa, com autores, que os financiam; são muitos os processos de corrupção política em Portugal.

Embora o foco nas pessoas, já excessivamente trabalhado pelo marketing político, o certo, é que o eleitor, tem de saber, em quem vota, no indivíduo, e se ele merece e tem competência para o representar.

No oceano da democracia, não interessa, a canoa, todas navegam, interessa, o seu timoneiro, que a conduz a bom porto.

J. Edgar M. da Silva