Desporto

"É lamentável deixarem mais de 100 crianças na rua"

Presidente do CF União 1913 garante que "estão a impedir a formação de treinar"

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Jaime Gouveia considera "lamentável" a situação que está a ocorrer no complexo desportivo do União, em Vale Paraíso e que já envolveu a PSP.

"Chamamos a polícia, que está agora a falar com a outra parte, para ver se cumprem o contrato, que foi assinado por Sérgio Nóbrega como presidente do CF União, e que agora fechou a porta a cadeado, impedido o treino da formação do CF União 1913. É lamentável deixarem mais de 100 crianças na rua", referiu ao DIÁRIO, Jaime Gouveia, presidente do CF União 1913 (novo nome da antiga Associação Desportiva União da Madeira - ADUM).

"Temos um contrato válido, feito por 10 anos, automaticamente renovado por períodos de cinco anos, se não for denunciado. E não recebemos qualquer denúncia, que neste caso nem opera efeito. Não vamos desistir e vamos usar os mecanismos legais. Este complexo não é do União, é do Governo Regional", sublinhou o dirigente, adiantando que, para já, "os treinos estão suspensos à espera da resolução da situação".

Atletas da formação impedidos de entrar no campo do União

Os jovens dos escalões de formação do União foram impedidos de entrar no complexo, para treinar.

Sérgio Nóbrega diz que atletas, pais e colaboradores foram usados como “figurantes”

Já o CF União considera que  "foi confrontado com um aglomerado de pais e atletas e elementos afecto à ADUM".

"Como é público, desde 2020 que o CFU renunciou ao contrato que detinha com a ADUM, pelo que não compreendemos a irresponsabilidade dos seus responsáveis em agendarem treinos para um complexo sem qualquer requisição e respectiva autorização", referiu ao DIÁRIO o presidente Sérgio Nóbrega.

"O CF União salienta que nunca proibira qualquer atleta da sua prática desportiva, desde que inscrito no Clube de Futebol Uniao ou na SAD, ou através de requisição das instalações desportivas e desde que devidamente autorizadas", acrescentou, lamentando que "a ADUM tenha usado os atletas, pais e colaboradores como 'figurantes', quando já sabia que não tinha assegurado qualquer operação logística para a prática desportiva".

O CF União salienta ainda que, devido ao período de paragem originado pela pandemia, "o complexo não apresenta, no momento, as condições de segurança e higiene mínimas exigidas para a prática desportiva, estando o clube a resolver todos os procedimentos para a retoma desportiva".