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UE vai doar 100 milhões de vacinas a países pobres até final do ano

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A União Europeia (UE) vai doar pelo menos 100 milhões de doses da vacina contra o novo coronavírus a países pobres, até ao fim deste ano, anunciou hoje a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen.

Von der Leyen e o primeiro-ministro italiano, Mario Draghi, abriram hoje a reunião do G20 cujo objetivo é estender a campanha de vacinação contra a covid-19 a todo o mundo, não apenas através de exportações, mas também ajudando a alavancar a capacidade de produção dos países.

Von der Leyen anunciou que a UE vai doar 100 milhões de doses de vacinas contra a covid-19 aos países de índices de desenvolvimento mais baixo.

O anfitrião, Draghi, enquanto a Itália detém a presidência rotativa do G20, abriu o fórum destacando "a importância da cooperação internacional" e do multilateralismo para enfrentar a atual e futuras crises sanitárias.

"Enquanto nos preparamos para a próxima pandemia, a nossa prioridade deve ser garantir que todos superemos a atual unidos", apelou o primeiro-ministro italiano.

Na mesma linha, a Von der Leyen sublinhou que esta crise mostrou "o quanto precisamos uns dos outros" e destacou o trabalho da comunidade científica e dos trabalhadores da saúde, a quem agradeceu o empenho.

Para a presidente da Comissão Europeia, o objetivo é encontrar "uma solução sustentável para o futuro" e, para isso, além de promover a produção de vacinas em todo o mundo, será igualmente relevante conseguir "controlar a atual pandemia em todos os lugares".

Esta edição do G20 está a ser realizada virtualmente e coordenada a partir de Roma por Draghi e Von der Leyen, que participam pessoalmente.

O evento reúne representantes da área da Saúde das vinte maiores economias do planeta, que respondem por mais de 80% da riqueza mundial e 60% da população, mas também cientistas e representantes da sociedade civil, incluindo o fundador da Microsoft, Bill Gates, ou Hugh Evans, co-fundador da Global Citizen.

Estarão ainda presentes os comissários europeus da Saúde, Stella Kyriakides, da Economia, Paolo Gentiloni, da Gestão de Crises, Janez Lenarcic, e das Associações Internacionais, Jutta Urpilainen.

As conclusões ficarão a cargo do diretor-geral da Organização Mundial de Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus, e o conteúdo da cimeira estará refletido numa declaração final.