Autárquicas - Madeira 2021

Está a chegar o tempo das eleições autárquicas, momento em que a democracia representativa ganha novos intérpretes, onde se replicam aparições públicas e se aposta numa política de proximidade, um conceito do qual muitos desconfiam, por ser usado e abusado apenas às portas de atos eleitorais.

Vem isto a propósito da estratégia que o atual Governo Regional tem vindo a adotar, longe do conforto dos gabinetes e que desmonta a teoria de que os políticos só aparecem no terreno e ao lado do povo durante as campanhas eleitorais.

O plano apanhou desprevenido quase todos os partidos da oposição, que muito se empenharam, ao longo dos tempos, em capitalizar votos com a ideia de que só eles estavam em sintonia com o povo, de que só eles escutavam as propostas alheias, apesar de nunca resolverem os problemas que diariamente surgem no terreno.

A oposição, por tradição, utiliza o povo como arma de arremesso, para mostrar aquilo que o arco da governação não faz, que deveria fazer, procurando promover uma conduta diferenciadora, que no terreno vale efectivamente zero.

É esta a matriz de quem compete freneticamente por um voto, com promessas de facilitismo político que na prática são impossíveis de garantir, sem medir consequências.

A verdadeira política de proximidade é aquela que vamos assistindo no terreno, através de um Executivo que diariamente vai ao terreno e considera a população. Há bons exemplos desta recente prática, uma ideia que está a resultar e que mostra um verdadeiro sentido de Estado, de preocupação com o próximo.

Vivemos, como todos sabem, tempos extremamente duros e difíceis, mas os atuais governantes não se esconderam. Foram e estão no terreno, dando o corpo às balas, sem medo ou vergonha das decisões políticas que tomam. E esta, sim, é a verdadeira política de proximidade.

Emanuel Camacho