Madeira

Casamentos celebrados na Madeira atingiram mínimo histórico em 2020

Direcção Regional de Estatística da Madeira divulga estatísticas demográficas definitiva de 2020

Foto Shutterstock
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No ano passado, realizaram-se na Região 612 casamentos, o que representa uma diminuição de 36,6% relativamente ao ano transacto (966 casamentos).

Segundo a informação divulgada há pouco pela Direcção Regional de Estatística da Madeira (DREM), no âmbito das Estatísticas Demográficas definitivas de 2020, o total de casamentos celebrados no ano passado é o valor mais baixo da série, "reflectindo as restrições na mobilidade e contacto social da população devido à situação pandémica que marcou aquele ano".

O número de casamentos variou ao longo dos meses do ano, atingindo o valor mais alto no mês de Outubro (87 casamentos), contrariamente à tendência verificada nos últimos seis anos em que Setembro foi sempre o mês mais escolhido para realizar casamentos. O menor número de casamentos ocorreu no mês de Abril, tendo sido celebrado apenas um casamento.

A DREM revela ainda que do total de casamentos observados neste período, 96,9% foram celebrados entre pessoas de sexo oposto, sendo os restantes celebrados entre pessoas do mesmo sexo (19 no total). 

Saldo natural negativo agravou-se

De acordo com a DREM, em 2020 a Região  (RAM) teve um saldo natural negativo de 853 indivíduos, valor mais acentuado que o de 2019 (-788 indivíduos). "Este agravamento resultou de uma diminuição de 1,6% no número de nados-vivos e de um aumento de 1,3% no número de óbitos. A diferença entre o número de nascimentos e de mortes mantém-se negativa desde 2009, tendo o valor de 2020 sido ultrapassado apenas em 2014, quando o saldo natural atingiu -993 indivíduos", acrescenta a informação.

Quanto ao número de nados-vivos. este voltou a baixar em 2020, atingindo o quarto valor mais baixo desde que há registo: 1 739 em 2014, 1 839 em 2013, 1 858 em 2016 e 1 860 em 2020.  "O decréscimo observado traduz uma diminuição de 1,6% face a 2019 (1 891 nados-vivos), sendo que agosto foi o mês com mais nascimentos (175) e os meses de março e abril aqueles com menos (140)". 

Dando continuidade a uma tendência que já vem desde 2016 e que é idêntica à do país, a maior parte dos nascimentos registados neste ano ocorreram fora do casamento, constituindo 59,6% do total (57,9% no país): 61,1% de pais que viviam em coabitação e 38,9% de pais que não viviam em coabitação. 

No que concerne os óbitos, em 2020, registaram-se 2 713 óbitos, mais 34 do que em 2019 (2 679 óbitos), representando um aumento de 1,3%. Da totalidade de óbitos registados neste ano, 80,4% ocorreu para indivíduos com 65 ou mais anos (86,2% no país) e 52,1% para indivíduos com idades iguais ou superiores a 80 anos (60,4% em Portugal). "O número de óbitos variou ao longo dos meses do ano, com valores mais elevados nos meses de inverno e mais baixos no verão. Assim, o registo mais alto ocorreu no mês de dezembro (268 óbitos) e o valor inferior no mês de junho (183 óbitos)", acrescenta a DREM.