Madeira

Gonçalo Pimenta perdeu condições para continuar em funções públicas, diz PS

Gonçalo Pimenta, do CDS. Ver Galeria
Gonçalo Pimenta, do CDS.

A concelhia do Funchal do PS Madeira considera que Gonçalo Pimenta (na foto), líder da bancada parlamentar do partido na Assembleia Municipal do Funchal e nomeado presidente da Madeira Parques Empresariais, não tem condições para continuar a exercer estas funções públicas, depois da polémica do alegado empréstimo por parte do financiador do Chega, o ao CDS Madeira.

Os factos relatados na reportagem da SIC, emitida esta quarta-feira à noite, escreve o PS Madeira num comunicado assinado por Gonçalo Jardim, "indicam Gonçalo Pimenta como um dos dirigentes do CDS Madeira que recebeu uma parcela do financiamento na sua conta bancária pessoal, uma prática que não é legal nem aceitável, que foi feita à revelia do que define a lei e que é reprovável do ponto de vista ético. O facto dessa verba ter sido restituída, aparentemente após ter sido descoberto o esquema, não retira gravidade ao assunto".

O exercício de funções em cargos públicos e de nomeação política devem obrigar os agentes políticos a ter uma postura e actuação exemplar, transparente e ética, à prova de qualquer suspeita, defendem os socialistas, que espera que quem ocupa estes cargos com responsabilidades perante a população dê o exemplo, seja devidamente escrutinado e tenha uma postura idónea.

"Face aos factos, Gonçalo Pimenta deverá fazer rapidamente uma reflexão séria sobre a sua postura e tirar as devidas conclusões e consequências. Não basta ir às reuniões da Assembleia Municipal levantar a voz, lançar acusações infundadas e tentar bloquear a acção do executivo municipal com opções de puro tacticismo político de mão dada com o PSD. Não pode valer tudo na política. É preciso saber assumir responsabilidades perante falhas com este nível de gravidade", escreve o PS em comunicado.

"A ética, a transparência, o respeito pela lei e, acima de tudo, a confiança com os funchalenses são valores que não podem nunca ser trocados por interesses privados e agendas escondidas", sublinham os socialistas.